tag:blogger.com,1999:blog-298765752024-03-21T15:28:34.952-03:00Indecência Verde AmarelaDaniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.comBlogger141125tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-77361575910456008352009-10-16T08:47:00.005-03:002009-10-16T08:53:50.392-03:00O palanque do São Francisco<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6CjCZi30lqmQszLHD-zGkFbNF-mnDJm_Uv-b6ikhogAabX4HsmL5bcSfW7uDbmvxAW2fK63TEViADmL5y8xipsjRXtDFeEoTd3dyXW55eYh5NUOqZzyN8c8KHWpSEM-8v4I_w/s1600-h/2A151009043.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 268px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6CjCZi30lqmQszLHD-zGkFbNF-mnDJm_Uv-b6ikhogAabX4HsmL5bcSfW7uDbmvxAW2fK63TEViADmL5y8xipsjRXtDFeEoTd3dyXW55eYh5NUOqZzyN8c8KHWpSEM-8v4I_w/s400/2A151009043.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393163724367182402" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-family:arial;font-size:130%;" >É um acinte. Lula se vangloria de ter a coragem de pôr em marcha uma ideia que remonta ao imperador Pedro II, em 1847. Mas este ano o governo desembolsou efetivamente menos de 4% do R$ 1,68 bilhão previsto. Em 2008, foram 7%. O custo total da obra é de R$ 4,5 bilhões. Nenhuma surpresa para quem conhece o estilo lulista de governar e o abismo entre o que o seu governo faz e o que ele diz que faz.</span><br /><br /></div><div style="text-align: justify;" class="grupoC2"><script>Componentes.montarControleTexto("ctrl_texto")</script> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;" id="corpoNoticia"> <div class="ImagemMateria"> </div><span style="font-size:100%;"> <span style="font-family: verdana;">Arrimo da candidatura Dilma Rousseff, o presidente Lula retomou as excursões eleitorais com a ministra, interrompidas pelo tratamento a que ela se submetia. O objetivo imediato é reverter a sua estagnação nas recentes pesquisas de intenção de voto. A pré-candidata precisa aparecer nos telejornais não só ao lado de seu mentor, mas em situações que tenham "cheiro de povo", impregnadas do calor humano ausente dos eventos palacianos em Brasília. Isso parece explicar também as cenas de religiosidade explícita que ela vem protagonizando, em cultos evangélicos em São Paulo, na Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador, ou, ainda, na festa do Círio de Nazaré, em Belém.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Para o reinício da campanha, Lula inventou um giro de três dias para "vistoriar" as obras de transposição do Rio São Francisco ? por sinal, o mais controvertido empreendimento do País ?, o que lhe permitiu percorrer o território eleitoralmente seguro dos sertões de Minas, Bahia e Pernambuco, com pernoites em acampamentos, como dizem seus assessores, à maneira de Juscelino Kubitschek ao tempo da construção de Brasília. Entre uma "inspeção" e outra, uma confraternização e outra, um discurso e outro, tudo o que se prestar à humanização da figura da ministra deve ser aproveitado. Pouco importa o caráter postiço, quando não o ridículo, da oportunidade fabricada, como a fingida pescaria da dupla às margens do São Francisco, na região de Pirapora (cidade mineira excluída do tour por ter um prefeito do DEM).</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Por atos e palavras, um carnaval de embromação. Em Buritizeiro, do outro lado do rio, Lula subiu a um palanque para dizer que "no nosso projeto original de fazer essa viagem não estava previsto a gente fazer comício", mas "fazer uma sinalização para o Brasil e para o mundo" (sic). Ao seu lado, além de Dilma, três ministros e o deputado Ciro Gomes, do PSB, ex-titular da Integração Nacional e candidato presidencial declarado. Lula, que não perde ocasião de afagá-lo ? agora diz "adorar", tanto quanto adora Dilma ?, quer vê-lo disputando o governo de São Paulo, para atacar, pela retaguarda, o tucano José Serra, como, de resto, já começou a fazer com a costumeira incontinência.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">"Esse trabalho vai ficar para a história do povo brasileiro", entoou o presidente, depois de criticar os "governantes de duas caras" e os políticos que governam "para os coronéis que há 500 anos mandam neste país". É um acinte. Lula se vangloria de ter a coragem de pôr em marcha uma ideia que remonta ao imperador Pedro II, em 1847. Mas este ano o governo desembolsou efetivamente menos de 4% do R$ 1,68 bilhão previsto. Em 2008, foram 7%. O custo total da obra é de R$ 4,5 bilhões. Nenhuma surpresa para quem conhece o estilo lulista de governar e o abismo entre o que o seu governo faz e o que ele diz que faz. Não é o caso, evidentemente, do 1,5 mil moradores de Barra, na Bahia, arregimentados para ouvi-lo e conhecer a sua candidata. Uma delas, mãe de 7 filhos e cliente do Bolsa-Família, exultava. "Posso morrer agora que vi o presidente Lula", proclamou. Ela não era a única a dizer que votará "em quem o presidente pedir".</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">São reações compreensíveis. O que não se entende, como apontou a colunista Dora Kramer, no artigo Uma nação de cócoras, publicado ontem, é a passividade da oposição diante do absoluto descaramento com que Lula transgride a legislação eleitoral, confeccionando, com recursos públicos, pretextos que não resistem a um sopro para fazer a campanha da ministra. O governador Aécio Neves, que disputa com Serra a indicação do PSDB, deu um exemplo dessa leniência, no primeiro dia da viagem do presidente. Antes de se encontrar com ele no aeroporto de Buritizeiro e posar para uma foto com Dilma e Ciro Gomes, considerou "natural" o comportamento de Lula para "viabilizar uma candidatura" no seu campo. "Acho que o presidente tem todo o direito de viajar pelo País", opinou, numa entrevista. "Acho que essas viagens são legítimas, da mesma forma que nós, do campo da oposição, de forma extremamente respeitosa (sic), temos que ter a nossa estratégia."</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">O temor aos 80% de popularidade de Lula ? que é o que provavelmente explica a complacência oposicionista ? acaba funcionando como um incentivo para ele intensificar as suas operações de propaganda eleitoral sob a aparência de atos administrativos que evidenciariam a suposta operosidade do seu governo.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; font-family: verdana;">Estadão</span></span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-14558533784427653122009-09-24T21:30:00.001-03:002009-09-24T21:31:47.066-03:00Adesivo<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT6jIyXeMY1bvfZXOXo3M2RAAq09Kkavvb-KiYbj5_aLD2TLCx1vnkLHjJoLiFwO776-eiMWjWQkNQ4Px86rNHhG3Y_PIyhxLQId8DOgO3RCtN3bpOrBT_yFQtieYIx2EUmkLWRw/s1600-h/Selo+M%C3%A3o+do+Lula.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 167px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT6jIyXeMY1bvfZXOXo3M2RAAq09Kkavvb-KiYbj5_aLD2TLCx1vnkLHjJoLiFwO776-eiMWjWQkNQ4Px86rNHhG3Y_PIyhxLQId8DOgO3RCtN3bpOrBT_yFQtieYIx2EUmkLWRw/s200/Selo+M%C3%A3o+do+Lula.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385192963745924178" border="0" /></a><a href="http://coturnonoturno.blogspot.com/2009_07_12_archive.html"><span style=";font-family:arial;font-size:78%;" >Fonte<br /></span></a></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-15307602379757281362009-09-23T11:05:00.006-03:002009-09-23T11:29:40.972-03:00"Brasil não sabia dos meus planos", não diga!!!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtbsNvLbyZOrXYHTxpTYKvjDQRXML8oTv0iNzfWla8LcVdXyE-f4ryzqca9FEcCkc6G7-EqKR7hUDSNpONonDge-ogi87miYZYtrJAHj6Vp5uQz-iRYk0cdPu0aVBwVD6_OttS/s1600-h/20090922-honduras04.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtbsNvLbyZOrXYHTxpTYKvjDQRXML8oTv0iNzfWla8LcVdXyE-f4ryzqca9FEcCkc6G7-EqKR7hUDSNpONonDge-ogi87miYZYtrJAHj6Vp5uQz-iRYk0cdPu0aVBwVD6_OttS/s400/20090922-honduras04.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384668594895688962" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjessGDyVoq3XuGAlLkEv0Bd0cfIiElbf6HAAimvcv0BVCK5sJP7dlhYo3UyythSDBp2mOb1Xz7NxYcI5prEfmu8Qu-kkqXHLaMzGoQNBJb7HfWMs_5Lo3EvpW7PYmDYPTsc4F8/s1600-h/03-gde.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 263px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjessGDyVoq3XuGAlLkEv0Bd0cfIiElbf6HAAimvcv0BVCK5sJP7dlhYo3UyythSDBp2mOb1Xz7NxYcI5prEfmu8Qu-kkqXHLaMzGoQNBJb7HfWMs_5Lo3EvpW7PYmDYPTsc4F8/s400/03-gde.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5384664254195182530" border="0" /></a> <span style="font-family: verdana;font-size:130%;" >Imagens da invasão de Zelaya e seus assessores na Embaixada do Brasil (combinada, claro) em Honduras, remontam invasões as instituições públicas do MST (no Brasil)</span><br /></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira que não combinou sua volta ao país e sua ida para a Embaixada do Brasil previamente com o Planalto e o Itamaraty por temer que a operação fosse descoberta pelo governo golpista e abortada, informa reportagem de Eliane Catanhêde para a </span><b style="font-family: verdana;">Folha</b><span style="font-family:verdana;"> (</span><a style="font-family: verdana;" href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2309200904.htm">íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal</a><span style="font-family:verdana;">). </span> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;"> "O Brasil não sabia dos meus planos. Tomei a decisão de vir direto à embaixada por uma questão de estratégia, uma posição de reserva, para que o plano não corresse risco", disse Zelaya à <b>Folha</b> por celular em meio ao caos na embaixada. </p><div style="text-align: justify;"> <a style="font-family: verdana;" href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u627033.shtml">Veja a cronologia da crise política em Honduras</a><br /></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-89148380276575818862009-09-17T02:29:00.003-03:002009-09-17T02:53:33.794-03:00Secretário da família Sarney vai para a Diretoria Geral da Casa<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;font-family:verdana;font-size:100%;" >Secretário particular da família Sarney, o servidor público Amaury de Jesus Machado, conhecido por <span>Secreta</span>, foi transferido no início deste mês para um posto na Diretoria Geral do Senado.</span><span style="font-family: verdana;"> Até então, ele tinha função comissionada no gabinete de Mauro Fecury (PMDB-MA), que assumiu a vaga de Roseana Sarney (PMDB) depois que ela foi empossada governadora do Maranhão. A função comissionada dá direito a adicional salarial de R$ 1.300. A transferência de Secreta para a Diretoria Geral foi revelada pelo jornal "O Globo". A Diretoria Geral informou ontem que Secreta foi deslocado para a Secretaria de Patrimônio. À tarde, o diretor do órgão, Luciano Freitas, disse por intermédio de sua secretária que o servidor não trabalha no local. À noite, Secreta atendeu ao telefone e disse que dá expediente no local. "Eu sempre trabalhei no Congresso Nacional e vou processar quem disse o contrário", afirmou. Em junho deste ano, "O Estado de S.Paulo" publicou reportagem mostrando que Secreta -com salário de R$ 12 mil pagos pelo Senado- atuava como mordomo de Roseana em sua residência em Brasília.</span><a style="font-family: verdana;" href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1609200916.htm"> Folha</a><br /></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-4902984281492124302009-09-11T10:43:00.003-03:002009-09-11T10:48:50.561-03:00Dois códigos morais<p class="articleinfo"> <span class="author"> <span style="font-family:verdana;">Olavo de Carvalho </span></span> <span class="created" style="font-family:verdana;"> </span><span style="font-family:verdana;"><a href="http://www.midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=section&id=4&Itemid=122"><br /> </a><a href="http://www.midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=category&id=104:outros&Itemid=122"></a> </span> </p> <!-- google_protectAndRun("ads_core.google_render_ad", google_handleError, google_render_ad); // --><ins style="font-family: verdana;"><ins></ins></ins> <p style="text-align: center;font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><em>Boris Casoy, Fernando Mitre e Antonio Teles seguiram a norma à risca. Desta vez, porém, o artificialismo da operação se desfez em pó ao chocar-se contra a resistência inabalável de uma testemunha sincera.</em></span></p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">A entrevista do Cabo Anselmo ao programa "Canal Livre" (TV Bandeirantes, 26 de agosto, é um dos <a href="http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2267&Itemid=34">documentos mais importantes</a> sobre a história das últimas décadas e mereceria uma análise detalhada, que não cabe nas dimensões de um artigo de jornal. Limito-me, portanto, a chamar a atenção do leitor para um detalhe: o confronto do entrevistado com os jornalistas foi, por si, um acontecimento revelador, talvez até mais que o depoimento propriamente dito.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Logo de início, o apresentador Boris Casoy perguntou se Anselmo se considerava um traidor. Ele aludia, é claro, ao fato de que o personagem abandonara um grupo terrorista para transformar-se em informante da polícia. Para grande surpresa do jornalista, o entrevistado respondeu que sim, que era um traidor, que traíra seu juramento às Forças Armadas para aderir a uma organização revolucionária. A distância entre duas mentalidades não poderia revelar-se mais clara e mais intransponível.<br /></p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Para a classe jornalística brasileira em peso, o compromisso de um soldado para com as Forças Armadas não significa nada; não há desdouro em rompê-lo. Já uma organização comunista, esta sim é uma autoridade moral que, uma vez aceita, sela um compromisso sagrado. Nenhum jornalista brasileiro chama de traidor o capitão Lamarca, que desertou do Exército levando armas roubadas, para matar seus ex-companheiros de farda. Traidor é Anselmo, que se voltou contra a guerrilha após tê-la servido. Anselmo desmontou num instante a armadilha semântica, mostrando que existe outra escala de valores além daquela que o jornalismo brasileiro, com ares da maior inocência, vende como única, universal e obrigatória.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">O contraste mostrou-se ainda mais flagrante quando o jornalista Fernando Mitre, com mal disfarçada indignação, perguntou se Anselmo não poderia simplesmente ter abandonado a esquerda armada e ido para casa, em vez de passar a combatê-la. Em si, a pergunta era supremamente idiota: ninguém - muito menos um jornalista experiente - pode ser ingênuo o bastante para imaginar que uma organização revolucionária clandestina em guerra é um clube de onde se sai quando se quer, sem sofrer represália ou sem entregar-se ao outro lado. Conhecendo perfeitamente a resposta, Mitre só levantou a questão para passar aos telespectadores a mensagem implícita do seu código moral, o mesmo da quase totalidade dos seus colegas: você pode ter as opiniões que quiser, mas não tem o direito de fazer nada contra os comunistas, mesmo quando eles estão armados e dispostos a tudo.<br /></p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Ser anticomunista é um defeito pessoal que pode ser tolerado na vida privada: na vida pública, sobretudo se passa das opiniões aos atos, é um crime. Não que todos os nossos profissionais de imprensa sejam comunistas: mas raramente se encontra um deles que não odeie o anticomunismo como se ele próprio fosse comunista. Essa afinidade negativa faz com que, no jornalismo brasileiro, a única forma de tolerância admitida seja aquela que Herbert Marcuse denominava "tolerância liberdadora", isto é: toda a tolerância para com a esquerda, nenhuma para com a direita.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Mais adiante, ressurgiu na entrevista o episódio do tribunal revolucionário que condenara Anselmo à morte. Avisado por um policial que se tornara seu amigo, Anselmo fugira em tempo, enquanto os executores da sentença, ao chegar à sua casa para matá-lo, eram surpreendidos pela polícia e mortos em tiroteio. De um lado, os entrevistadores, ao abordar o assunto, tomavam como premissa indiscutível a crença de que Anselmo fora responsável por essas mortes, o que é materialmente absurdo, já que troca o receptor pelo emissor da informação. De outro lado, todos se mostraram indignados - contra Anselmo - de que no confronto com a polícia morresse, entre outros membros do tribunal revolucionário, a namorada do próprio Anselmo. Em contraste, nenhum deu o menor sinal de enxergar algo de mau em que a moça tramasse com seus companheiros a morte do namorado. Entendem como funciona a "tolerância libertadora"?</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">A quase inocência com que premissas esquerdistas não-declaradas modelam a interpretação dos fatos na nossa mídia mostra que, independentemente das crenças conscientes de cada qual, praticamente todos ali são escravos mentais da auto-idolatria comunista.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Ao longo de toda a conversa, os jornalistas se mantiveram inflexivelmente fiéis à lenda de que os guerrilheiros dos anos 70 eram jovens idealistas em luta contra uma ditadura militar, como se não estivessem entrevistando, precisamente, a testemunha direta de que a guerrilha fôra, na verdade, parte de um gigantesco e bilionário esquema de revolução comunista continental e mundial, orientado e subsidiado pelas ditaduras mais sangrentas e genocidas de todos os tempos. Anselmo colaborou com a polícia sob ameaça de morte, é certo, mas persuadido a isso, também, pela sua própria consciência moral: tendo visto a verdade de perto, perdeu todas as ilusões sobre o idealismo e a bondade das organizações revolucionárias - aquelas mesmas ilusões que seus entrevistadores insistiam em repassar ao público como verdades inquestionáveis - e optou pelo mal menor: quem, em sã consciência, pode negar que a ditadura militar brasileira, com todo o seu cortejo de violências e arbitrariedades, foi infinitamente preferível ao governo de tipo cubano ou soviético que os Lamarcas e Marighelas tentavam implantar no Brasil?<br /></p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Ao longo de seus vinte anos de governo militar, o Brasil teve dois mil prisioneiros políticos, o último deles libertado em 1988, enquanto Cuba, com uma população muito menor, teve cem mil, muitos deles na cadeia até hoje, sem acusação formal nem julgamento.<br /></p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">A ditadura brasileira matou trezentos terroristas, a cubana matou dezenas de milhares de civis desarmados. Evitar comparações, isolar a violência militar brasileira do contexto internacional para assim realçar artificialmente a impressão de horror que ela causa e poder apresentar colaboradores do genocídio comunista como inofensivos heróis da democracia, tal é a regra máxima, a cláusula pétrea do jornalismo brasileiro ao falar das décadas de 60-70. Boris Casoy, Fernando Mitre e Antonio Teles seguiram a norma à risca. Desta vez, porém, o artificialismo da operação se desfez em pó ao chocar-se contra a resistência inabalável de uma testemunha sincera.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Conhecendo as muitas complexidades e nuances da sua escolha, Anselmo revelou, no programa, a consciência moral madura de um homem que, escorraçado da sociedade, preferiu dedicar-se à meditação séria do seu passado e da História em vez de comprazer-se na autovitimização teatral, interesseira e calhorda, que hoje rende bilhões aos ex-terroristas enquanto suas vítimas não recebem nem um pedido de desculpas.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Moral e intelectualmente, ele se mostrou muito superior a seus entrevistadores, cuja visão da história das últimas décadas se resume ao conjunto de estereótipos pueris infindavelmente repetidos pela mídia e consumidos por ela própria. O fato de que até Boris Casoy, não sendo de maneira alguma um homem de esquerda, pareça ter-se deixado persuadir por esses estereótipos, ilustra até que ponto a pressão moral do meio tornou impossível a liberdade de pensamento no ambiente jornalístico brasileiro.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Fonte: <a href="http://www.midiasemmascara.org/">http://www.midiasemmascara.org/</a><br /></p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-86160758983250052852009-09-06T13:53:00.000-03:002009-09-06T13:54:28.261-03:00Ayres Britto vê banalização de sigilo<div style="font-style: italic; text-align: justify; font-family: verdana;" id="c"> <p><span style="font-size:130%;">Antes excepcional, medida vem se disseminando nas ações criminais, sobretudo quando há políticos envolvidos</span></p> </div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;" class="grupoC2"> <p class="fonte"><span style="font-size:100%;">Fausto Macedo</span></p> <script>Componentes.montarControleTexto("ctrl_texto")</script> </div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;" id="corpoNoticia"> <div class="ImagemMateria"> </div><span style="font-size:100%;"> O sigilo que marca a Operação Boi Barrica - investigação da Polícia Federal sobre o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - está longe de ser fato isolado nas varas judiciais e nos tribunais do País. A tarja preta, símbolo do segredo de Justiça, virou adereço comum aos autos. Muitos juízes, estaduais e federais, que se sentem acuados pelas Corregedorias do Judiciário ou sob pressão de réus e investigados que detêm forte influência política, preferem cobrir com o silêncio demandas que tratam até de crimes contra o Tesouro atribuídos a agentes públicos.<br /><br />"A regra constitucional não é o segredo, é a publicidade", adverte o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, relator da ação que fez ruir 42 anos de Lei de Imprensa. "A Constituição impõe que todos os julgamentos do Judiciário serão públicos e que a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social exigirem."<br /><br />Medida excepcional, antes praticamente restrita a litígios de família, a reserva agora predomina sobre ações criminais, sobretudo aquelas que têm como alvo servidores graduados, deputados, senadores e até familiares que não têm vínculo com a administração.<br /><br />O ministro não discorre sobre casos concretos, porque nem lhe é permitido, mas vê banalização das ações secretas. "O que deveria ser exceção já não é tão exceção assim. Não virou regra, mas o que deveria ser exceção está sendo aplicado com certa frouxidão interpretativa, e isso tem ocasionado número reconhecidamente elevado de processos que tramitam em segredo. É fato."<br /><br />Ayres Britto declara sua preocupação com a preservação da intimidade do cidadão, bem que reputa sagrado. Ele não abre mão do papel de sentinela dos direitos e garantias individuais e coletivos, mas recomenda: "O juiz não precisa decretar o segredo sobre o processo inteiro, mas de diligências ou dados que a Constituição define sigilosos, ou naqueles casos de crimes sexuais, direito de família e de menores. Assim a gente se reaproxima da pureza do princípio da publicidade, resgata o caráter público tanto dos atos processuais quanto dos julgamentos".<br /><br />O ministro indica que o segredo também deve ser observado quando estão em jogo valores que o texto constitucional ressalva - dados fiscais, bancários e telefônicos. "Que o sigilo prevaleça sobre tais elementos." Pondera ainda que, nos casos em que o Ministério Público ou a polícia requer acesso a dados do investigado, o sigilo deve vigorar. "Se nessa etapa for liberada a consulta vai frustrar a investigação. Documentada, a diligência vai para os autos e aí o juiz dá ciência aos advogados."<br /><br />PUBLICIDADE RESTRITA<br /><br />Magistrados que antes seguiam a linha de reflexão do ministro do STF mudaram de comportamento a partir da resolução 58/09 do Conselho da Justiça Federal (CJF) - norma que estabelece diretrizes para a toga "no que concerne ao tratamento de processos e procedimentos de investigação criminal sob publicidade restrita".<br /><br />O CJF argumenta "a necessidade de se coibirem abusos relativos a vazamentos e a indevida divulgação de dados e aspectos da vida privada, constitucionalmente garantidos, dos réus, investigados e indiciados, obtidos mediante a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico, de informática". O artigo 6º define que a publicidade restrita "será estendida a todo o processo ou procedimento investigatório, assim como de seus anexos, salvo determinação judical em contrário". Para evitar transtornos de ordem disciplinar ou o desconforto de reclamações ao STF, juízes agora não hesitam em lançar mão da tarja preta.<br /><br />O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, não desafia a resolução, mas repudia o cenário de medo que reina na magistratura. Prega em suas sentenças a "prevalência do interesse público devendo reger a regra geral da publicidade das decisões judiciais". E destaca que "o sigilo dos processos surgiu no século XIV para proteger aqueles que acusavam pessoas vinculadas ao rei e que, por isso, poderiam sofrer represálias".<br /><br />"A Constituição consagra o preceito da publicidade dos atos da administração de quaisquer dos poderes", assevera. De Sanctis reforça seus argumentos com o voto do ministro Celso de Mello, do STF, para edição da súmula vinculante 14, que assegura amplo e irrestrito acesso a provas. "É preciso não perder de perspectiva que a Constituição não privilegia o sigilo, nem permite que este se transforme em ?práxis? governamental, sob pena de grave ofensa ao princípio democrático, pois não há, nos modelos políticos que consagram a democracia, espaço possível reservado ao mistério", sentencia Mello.<br /><br />Para De Sanctis, "não cabe a um Estado de direito a existência de processo penal secreto, e tanto é verdade que as sessões do STF são transmitidas pela TV Justiça".<br /><br />"O interesse público deve predominar sobre o privado", afirma o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto. "Exercício de cargo na administração pressupõe a publicização dos bens de quem ocupa a cadeira e que está sob inquérito. Vale o interesse coletivo. Homens públicos são públicos, processos que os envolvam não podem ser encarados como de interesse pessoal." </span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-60033411589249713412009-09-01T13:58:00.000-03:002009-09-01T13:59:28.972-03:00PT retoma estatismo em solenidade "sem sal"<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Folha de São Paulo</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">VALDO CRUZ</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">DA SUCURSAL DE BRASÍLIA</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Um pré-sal sem sal. Essa pode ser a síntese da solenidade em que o presidente Lula lançou o novo marco regulatório do setor de petróleo no país. Não houve o tão propalado megaevento, o auditório não estava lotado, os movimentos sociais aliados de Lula não apareceram com faixas dizendo que "o petróleo é nosso".</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Apesar do clima comportado do auditório, da ausência do clima explícito de campanha, o governo se esforçou para enviar sua mensagem de que o pré-sal é um "patrimônio da União, riqueza do povo e futuro do Brasil" registrada em todos os cantos do evento.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Uma mensagem para justificar uma nova Lei do Petróleo de forte apelo nacionalista, focada no fortalecimento do Estado e de sua principal empresa do setor, a Petrobras.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Um modelo desenhado à imagem do PT mais tradicional, aquele que até suporta, mas não gosta tanto assim do mercado. E que se sente bem mais à vontade num mundo mais estatizante.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Antítese do seu principal adversário de 2010, os tucanos, pais do modelo que os petistas hoje querem descartar -aquele que abriu o setor petrolífero às empresas privadas nacionais e estrangeiras. Fato que os petistas desejam enfatizar na campanha presidencial do próximo ano contra o PSDB.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Nessa guerra política, por sinal, valeu ceder na última hora às pressões vindas principalmente dos governadores peemedebistas, aliados preferenciais em 2010 da candidata petista Dilma Rousseff.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Em nome da paz com os governadores, e principalmente o PMDB, Lula deixará, por enquanto, intacto o sistema de cobrança de royalties e participação especial que tanto beneficia Estados como o Rio de Janeiro e Espírito Santo.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Teatro</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">No fundo, um grande teatro, já que o pré-sal começará a produzir em escala comercial lá por volta de 2015. Até lá, mudar ou não mudar o sistema de royalties pouca importa, porque não haverá cobrança significativa desses impostos no petróleo do pré-sal.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Então, ficou assim. O governador peemedebista Sérgio Cabral poderá dizer no Rio de Janeiro que saiu vitorioso, evitando uma bandeira negativa na campanha de 2010.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">E o presidente Lula fica com o apoio do PMDB para aprovar no Congresso Nacional o que lhe interessa, o novo marco regulatório do pré-sal: num modelo em que pode dizer que o petróleo fica com o Estado, cria-se uma estatal e também um fundo para garantir o futuro dos brasileiros.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: verdana;">Íntegra para assinantes </span><a style="font-family: verdana;" href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0109200904.htm">Folha de São Paulo</a></span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-31264184847138111022009-08-29T06:31:00.002-03:002009-08-29T06:38:08.949-03:00Os vexames do ministro<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGkzKMuucyPmHdPZa1cUcK_hEh5wxch4AY3c5VKvYtey684BgNmu2e4sBiSoloS0EECJ7Vqi7YvXz0W7tySe5uyl4x-x5BuQBarzQtKgoyuFL_Y46bzyJGIcRKxz4u5CLlnSS/s1600-h/090807124942Guido+Mantega.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 279px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgGkzKMuucyPmHdPZa1cUcK_hEh5wxch4AY3c5VKvYtey684BgNmu2e4sBiSoloS0EECJ7Vqi7YvXz0W7tySe5uyl4x-x5BuQBarzQtKgoyuFL_Y46bzyJGIcRKxz4u5CLlnSS/s400/090807124942Guido+Mantega.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5375317057412698466" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">Editorial Estadão</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O governo Lula insiste em ignorar que a mentira tem pernas curtas e que não se pode escarnecer impunemente da inteligência alheia. Se já tivesse aprendido com a própria experiência, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria tido a precaução elementar de não brigar com os fatos à vista de todos, como faz agora, poupando-se de um duplo vexame no caso da crise da Receita Federal. De um lado, pela forma leviana como tem se manifestado sobre o conflito sem precedentes em um dos mais importantes setores do Estado nacional. De outro, pelo desmentido - pelos fatos - das suas alegações para justificar a demissão da então titular do Fisco, Lina Maria Vieira, em julho último. Ela foi nomeada por motivos políticos; passados 11 meses, foi removida por motivos políticos.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">É impossível subestimar a gravidade da rebelião na Receita, que já levou cerca de 60 servidores de elite a entregar os seus cargos. Entre eles, os superintendentes e coordenadores que subscreveram um documento denunciando a "clara ruptura com a orientação e as diretrizes" do órgão na gestão do novo secretário Otacílio Cartaxo. Eles sustentam que o rompimento atingiu o próprio "projeto de atuação do órgão", que dava prioridade à fiscalização sobre os chamados grandes contribuintes. Mantega não apenas qualificou a denúncia como "balela", mas a considerou "uma desculpa para encobrir a ineficiência" da administração Lina Vieira. Com isso, fez o que o presidente Lula queria evitar a todo custo - ou seja, polemizar, ou, como teria dito, "bater boca" com a ex-secretária.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Lula tem bons motivos para temer que a opinião pública a veja como vítima de humilhações, em represália por haver confirmado rumores de que, em fins do ano passado, foi chamada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para uma conversa em que ouviu um pedido para "agilizar" a investigação sobre as finanças do empresário Fernando Sarney, o filho do presidente do Senado. Dilma nega o encontro e o pedido. À inconveniência, Mantega acrescentou a balela de declarar que "a Receita está funcionando na normalidade" e que "está se criando a ideia falsa de que há confusão". Não é a primeira vez e decerto não será a última em que Lula e seu pessoal apelam para a teoria da marolinha, na tentativa de minimizar perante a opinião pública a ameaça de um tsunami.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Em um governo menos confiante na inabalável popularidade de seu chefe, o ministro ao qual responde uma instituição da importância do Fisco estaria com a cabeça a prêmio pela incapacidade de prevenir o desastre. Mas não há o que abale a autoconfiança do nosso Guia Supremo. Mantega não vai mudar apenas porque a sua versão, de que Lina Vieira perdeu o lugar porque a sua alegada ineficiência derrubou a arrecadação, acaba de ser desmoralizada por um órgão da própria administração federal - aliás, criticado por sua excessiva fidelidade à ideologia petista.<br /><br />Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstra com números singelos que a arrecadação caiu, como todo mundo sabe, devido à retração da economia e à política de desonerações tributárias para estimular o consumo. No primeiro semestre, a receita da União diminuiu R$ 26,5 bilhões em comparação com o mesmo período do ano passado. Desse total, R$ 15,5 bilhões correspondem às desonerações e compensações tributárias adotadas por empresas como a Petrobrás.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Mas, no imbróglio da Receita, que inclui o episódio da reunião entre Dilma Rousseff e Lina Vieira, as desavenças do governo com a verdade vão além do palavreado de Mantega. Na semana passada, instado a dar acesso às imagens do entra e sai no Palácio do Planalto que poderiam provar que a ex-secretária, como assegura, ali esteve para se encontrar com a ministra no final de 2008, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, argumentou que as gravações já não existem porque são armazenadas por apenas cerca de 30 dias. A explicação foi posta em xeque.<br /><br />O site Contas Abertas revelou que o edital para a contratação da empresa fornecedora dos equipamentos do sistema de segurança palaciano estipulava que os registros deveriam ficar guardados em um banco de dados por 6 meses no mínimo - e, depois, "transferidos definitivamente para uma unidade de backup". Terá o governo descumprido as suas próprias regras ou procura poupar a candidata de Lula do confronto com os fatos? <a href="http://www.blogger.com/Os%20vexames%20do%20ministro"><span style="font-style: italic;">Fonte</span></a><br /><br /></span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-74436197653876848632009-08-22T14:19:00.002-03:002009-08-22T14:23:26.749-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizGHJiWpFjt5hEkWy274znwGebNQ1OXow-OXniCm0uvs9QPs0WEGAmkFmX2sxoSg_TgXIy9oy31dcMLUnPvGe4vHLxioDi8A6u9zPavqHxSJfGNzRRnwkMdXRTKWfVMXd0pXvf/s1600-h/ok_folheto.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 286px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizGHJiWpFjt5hEkWy274znwGebNQ1OXow-OXniCm0uvs9QPs0WEGAmkFmX2sxoSg_TgXIy9oy31dcMLUnPvGe4vHLxioDi8A6u9zPavqHxSJfGNzRRnwkMdXRTKWfVMXd0pXvf/s400/ok_folheto.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372838076416103090" border="0" /></a><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:130%;" >Duro, Lula cobrou apoio de Mercadante às decisões do governo</span><br /><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Presidente disse que não admitia ser pressionado e distribuiu broncas; carta foi acertada na madrugada</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Em longa e dura conversa com o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), na noite de quinta-feira, 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do petista apoio às decisões do partido e do governo, disse que não admitia ser pressionado e distribuiu broncas. Irritado com a atitude de Mercadante de anunciar pelo Twitter - site de microblogs - que apresentaria na sexta-feira sua renúncia à liderança do PT, em caráter irrevogável, Lula afirmou que, além de fazer jogo individual, o senador estava cometendo grave erro político.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">"Não pense que a militância do PT vai entender isso", esbravejou ele, no Palácio da Alvorada. O presidente não escondeu de Mercadante que ficou furioso com o fato de o petista ter anunciado que conversaria com ele, jogando a solução do imbróglio em seu colo. Foi por isso que deixou "vazar" a informação de que não ligava para a renúncia e aprovava a escolha do senador João Pedro (PT-AM) para a vaga. Suplente do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, João Pedro é amigo de Lula e preside a CPI da Petrobrás.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">"Em política não existe a palavra irrevogável", disse Lula a Mercadante. Apesar do tom amistoso da nota em que o presidente pede ao líder do PT para não abandonar a liderança do partido, os dois bateram boca em mais de uma ocasião durante a conversa de cinco horas, que entrou pela madrugada de sexta-feira.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpNUtMHGzA-RZD71i1ZLnSs-LnOH_So2ke_iu4Gr1w6EdKIOWz7dhzUGIK5uG_Dfs7Htq-TnRr9kBT9UuniQYQAWaVg5VpanI4X_KklSLgvy3ZFnCY08slq0fwF7LcHHp9fm9b/s1600-h/ok_folheto.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 143px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpNUtMHGzA-RZD71i1ZLnSs-LnOH_So2ke_iu4Gr1w6EdKIOWz7dhzUGIK5uG_Dfs7Htq-TnRr9kBT9UuniQYQAWaVg5VpanI4X_KklSLgvy3ZFnCY08slq0fwF7LcHHp9fm9b/s200/ok_folheto.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372837879016735826" border="0" /></a><br /><br />Os termos da carta de Lula a Mercadante foram acertados naquela noite para dar argumento ao recuo do senador. O texto passou pelo crivo do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. Antes de viajar para o Acre, na manhã da sexta, o presidente telefonou para o petista e o autorizou a ler a carta da tribuna do Senado. "Está tudo bem. Tivemos uma boa conversa", afirmou ele, mais tarde, a auxiliares.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Na quinta à noite, porém, Lula disse a Mercadante que a renúncia seria imperdoável. No seu diagnóstico, além de jogar combustível na crise que pôs em rota de colisão o governo, a bancada do PT e a direção do partido, o gesto daria munição aos adversários e seria visto como resultado da luta entre éticos e não-éticos do PT sobre o destino do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Diante do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que participou da conversa, Lula afirmou que Mercadante não tinha o direito de levar mais desgaste para o partido. Disse, ainda, que um líder não podia jogar a toalha nem desistir de sua missão na primeira dificuldade. "O presidente não fez um apelo. Fez, na verdade, um chamamento à relação de 30 anos que tem com Mercadante", contou Berzoini.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O senador reagiu às cobranças de Lula e foi duro nas críticas. Afirmou que o PT e o governo "erraram muito" ao recomendar o arquivamento de todas as denúncias contra Sarney. Garantiu, ainda, que não estava jogando para a plateia nem adotando posição dúbia, de olho na sua própria reeleição, em 2010, ao defender a abertura de investigações no Senado.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Mercadante argumentou que a maioria dos senadores sempre defendeu o afastamento de Sarney e que não leu a nota na qual Berzoini orientava os três integrantes do Conselho de Ética a salvar Sarney porque aquele enquadramento feria os seus princípios.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Vera Rosa e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo</span><br /></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-13453794599112498702009-08-18T19:01:00.001-03:002009-08-18T19:04:55.356-03:00Uma empreiteira no circuito<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxcnAJqu74kOc6gVbb8uSLnbO7Vex3p7VohwPWWz9ohCAmyM_I4o2zBaP3cUUFD7fZvu71BDP5T_b0auidkJyo97bnBsgnus_qgR1TnzJHI2Ed8YAKymS5gmzj1oVdp6QlnOcJ/s1600-h/lula_metamorfose_de_um_homem_comum_thumb.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 303px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxcnAJqu74kOc6gVbb8uSLnbO7Vex3p7VohwPWWz9ohCAmyM_I4o2zBaP3cUUFD7fZvu71BDP5T_b0auidkJyo97bnBsgnus_qgR1TnzJHI2Ed8YAKymS5gmzj1oVdp6QlnOcJ/s400/lula_metamorfose_de_um_homem_comum_thumb.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371428160113956594" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Editorial Estadão</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O que mais chama a atenção nas impropriedades do clã Sarney que não cessam de vir à luz é a despreocupação com as marcas comprometedoras de suas ações. Pessoas comuns, como disse o presidente Lula para delas distinguir a especial figura do senador maranhense, geralmente cuidam de salvar as aparências para encobrir os vestígios de suas malfeitorias. Sabem quando as cometem e sabem que algum risco existe de serem chamadas a prestar contas por isso. As outras, aleitadas na cultura do privilégio, praticam impropriedades, ou coisa pior, com uma desenvoltura que só se explica pelo senso da própria incolumidade. De reincidência em reincidência, acabam perdendo a noção do certo e do errado, transformando a imoralidade em amoralismo.</span> <span style="font-family:verdana;">O que se publicou nos últimos meses sobre a abastada crônica dos desvios de conduta do atual presidente do Senado - e os seus protestos de inocência em relação a cada um deles - se encaixa nessa perspectiva: o nepotismo, os favores aos apaniguados, as lambanças com recursos alheios, a apropriação privada de bens públicos. Em suma, os traços inconfundíveis da política patrimonialista à sombra da qual percorreu uma trajetória de 55 anos que ele hoje invoca para se considerar inimputável. Se tudo é natural, que mal haveria em recorrer a uma empreiteira para comprar "secretamente" imóveis para uso da família? E que mal haveria no fato de essa empreiteira fazer excelentes negócios no setor elétrico? Decerto a presença de apadrinhados de Sarney em postos decisivos do setor não tem nada que ver com isso.</span> <span style="font-family:verdana;">A história chega a ser singela. Em 2006, a família resolveu ter mais dois apartamentos no prédio da Alameda Franca, em São Paulo, onde é dona de um pied-à-terre desde 1979, em nome de Fernando Sarney. Num caso, o proprietário do apartamento 22 foi procurado pelo neto do senador, o economista José Adriano Cordeiro Sarney, filho mais velho do deputado Sarney Filho, o Zequinha. (José Adriano frequentou recentemente o noticiário como sócio da empresa que intermediou R$ 1,2 bilhão em empréstimos consignados junto a 20 instituições bancárias para funcionários do Senado.) Dias depois, entrou em cena Maria Rosane Frota Cabral, irmã e sócia de Rogério Frota na empreiteira Aracati Construções, que hoje se chama Holdenn Construções. Rogério, um cearense radicado no Maranhão, se tornou amigo próximo de Zequinha. "Por alguma razão, não queriam que o sobrenome Sarney aparecesse", percebeu o vendedor, que passou a escritura no saguão do Aeroporto de Congonhas a um tabelião de Sorocaba.</span> <span style="font-family:verdana;">No segundo caso, dez meses depois, sabendo que outro proprietário pensava em vender o seu apartamento, o 32, o zelador do edifício o abordou. "Ele me disse que o senador Sarney, que já tinha dois apartamentos no prédio, queria um terceiro, para um assessor dele", contou ao Estado. A partir daí, o padrão se repetiu: depois de uma visita do empreiteiro Frota, a sua irmã fechou o negócio e passou a escritura com o mesmo tabelião de Sorocaba. Os dois imóveis foram e continuam registrados em nome da Aracati. Zequinha diz que o dono de fato do 22 é ele e que o declarou à Receita - uma anomalia. Diz também que o 32 "não nos pertence". Não é o que acham os moradores e funcionários do edifício. E o próprio senador se hospedou nele em junho, quando ficou em São Paulo acompanhando a convalescença da filha Roseana depois de uma operação. Mas o que os Sarneys dizem muitas vezes não passa pela prova dos fatos.</span> <span style="font-family:verdana;">Depois que este jornal revelou, em 10 de junho, o escândalo dos atos administrativos secretos no Senado, o titular da Casa afirmou textualmente: "Eu não sei o que é ato secreto." Na sexta-feira passada, o ex-diretor de Recursos Humanos Ralph Siqueira relatou ao Estado que, em fins de maio, falou a Sarney da existência dos atos secretos. "Ele sabia", contou. O senador, portanto, mentiu - como havia mentido ao negar que tivesse poderes decisórios na fundação que leva o seu nome, da qual foram desviados R$ 500 mil de um patrocínio de R$ 1,3 milhão da Petrobrás. Os atentados de Sarney ao decoro parlamentar se acumulam, portanto. Há menos de dois anos, convém lembrar, Renan Calheiros teve de renunciar à presidência da Casa para não ser cassado depois que se descobriu que o lobista de uma empreiteira pagava despesas da mãe de um de seus filhos. "Quantas denúncias mais ele aguenta?", pergunta o senador Demóstenes Torres. </span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-91915995172314806132009-08-16T12:52:00.004-03:002009-08-16T12:58:30.282-03:00Empreiteira pagou dois imóveis para família Sarney em SP<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5jhqJ5BQK4xwmpMg69MVnFEUzSfZJoxLD3dB3PgXAcoqsr58hb7knLVPxDNvDJaNhsJz-WHpPsGwc67j6k3rBSiDFyyWvGsz_c8BK_M81DTlGiGK3vVhuf5SgMZwh3TLmASiq/s1600-h/apartamento_sarney_materia.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 292px; height: 280px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5jhqJ5BQK4xwmpMg69MVnFEUzSfZJoxLD3dB3PgXAcoqsr58hb7knLVPxDNvDJaNhsJz-WHpPsGwc67j6k3rBSiDFyyWvGsz_c8BK_M81DTlGiGK3vVhuf5SgMZwh3TLmASiq/s400/apartamento_sarney_materia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370590191639524018" border="0" /></a><div id="c"><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center; font-family: verdana;font-family:verdana;" class="footerDestaque"><p><span style="font-size:85%;"><span>Foto Paulo Liebert/AE</span>. Apartamento fica na Alameda Franca, nos Jardins</span></p><p><span style="font-size:85%;"><br /></span></p></div><p style="text-align: justify; font-family: verdana; font-weight: bold;font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;">Negociação de apartamentos em área nobre foi feita por empresa de amigo dos filhos do senador</span></p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;font-family:verdana;"> </div></div><div face="verdana" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:100%;">BRASÍLIA - Há três décadas, a família Sarney tem como endereço em São Paulo o edifício Solar de Vila América, situado na Alameda Franca, nos Jardins. Até 2006, era um apartamento apenas. Hoje, além do apartamento número 82, comprado em 1979, a família tem a sua disposição outras duas unidades.Os apartamentos 22 e 32 foram comprados há três anos. São usados pelos Sarney, mas estão registrados em nome de uma empreiteira, que cuidou da negociação e pagou os imóveis. </span></div><p style="text-align: justify; font-family: verdana;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">A empreiteira é a Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda, cujo dono é o empresário Rogério Frota de Araújo, amigo dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). De acordo com os registros da empresa na Receita Federal, a Aracati - cuja razão social foi formalmente alterada para Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria - tem hoje como principal nicho de negócio o setor elétrico, área do governo federal em que Sarney exerce influência. Há dois anos, a empresa começou a atuar em projetos de construção de usinas termoelétricas... </span><a style="font-style: italic;" href="http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,empreiteira-pagou-dois-imoveis-para-familia-sarney-em-sp,419402,0.htm">Rodrigo Rangel, de O Estado de S. Paulo</a> </p><p style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><strong>Veja também:</strong></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><strong><img alt="link" src="http://render.estadao.com.br/ext/selos/icone-bullet.gif" border="0" /><a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090816/not_imp419508,0.php">Família de senador e empresário não se manifestam sobre transação</a></strong></span></p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-33724717651866214462009-08-16T12:50:00.000-03:002009-08-16T12:51:25.161-03:00Campanha Ficha Limpa já tem mais de 1 milhão de assinaturas<!-- área de foto --> <p> </p><p style="font-family: verdana; text-align: justify; font-style: italic;">Do site Congresso em Foco</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Mais de 1 milhão de pessoas já assinaram o projeto de lei de iniciativa popular que dificulta a candidatura de políticos com maus antecedentes, os chamados fichas-sujas.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">A Campanha Ficha Limpa é coordenada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (<u><b><a href="http://www.mcce.org.br/">MCCE</a></b></u>), formado por 42 entidades, dentre as quais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">A campanha deu origem a cerca de 300 comitês, que já conseguiram colher até o momento mais de 1 milhão de assinaturas. Para o projeto começar a tramitar no Congresso, ele precisa de 1,3 milhão, 1% do eleitorado nacional.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">"Como não há aqui juízos de valor sobre a culpa do pretendente ao registro de candidatura, não há que se falar em presumir-se ou não a sua inocência. A decisão do foro eleitoral baseia-se objetivamente na existência da sentença criminal, não subjetivamente na possível culpa do réu", explica o juiz Marlon Reis, coordenador do movimento, em artigo para o Congresso em Foco.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">O MCCE foi responsável pelo primeiro projeto de iniciativa popular que se transformou em lei no Brasil: a Lei 9.840, que proibiu a compra de votos e o uso eleitoral da máquina administrativa. Ela completará dez anos agora em setembro.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Segundo levantamento do Congresso em Foco, durante todo o período da legislatura passada (2003/2007), 206 deputados e senadores responderam a processos no Supremo Tribunal Federal. Em junho deste ano, 150 congressistas apareceram como réus de 318 processos em andamento no STF. Ou seja: de cada quatro parlamentares no exercício do mandato, um responde a acusações formais naquela corte. Crimes contra a administração pública, crimes eleitorais, tributários e financeiros predominam entre os ilícitos atribuídos aos deputados e senadores.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Para aderir à campanha Ficha Limpa, é preciso entrar no site do <u><b><a href="http://www.mcce.org.br/">MCCE</a></b></u>, imprimir o formulário, recolher assinaturas e depois enviar para o endereço indicado no próprio documento.</p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-14794888486164315262009-08-11T15:15:00.002-03:002009-08-11T15:21:04.133-03:00Estadão é novamente citado em ação de censura<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">BRASÍLIA - Nesta segunda-feira, 10, o Estado foi citado - pela segunda vez e mais uma vez a mando do próprio desembargador - na ação que censurou o jornal a pedido de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado Federal, José Sarney. Com isso, em que pese o fato de o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça (TJ) do Distrito Federal, ainda não ter decidido sobre sua própria suspeição, o jornal foi duplamente notificado da censura. </span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Autor da decisão que censurou o Estado, DácioVieira proibiu a veiculação de reportagens e gravações no jornal O Estado de S.Paulo e no portal estadao.com.br sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investiga Fernando Sarney. Ao conceder o pedido de liminar, ele determinou que o jornal receba uma sanção pecuniária de R$ 150 mil por reportagem publicada se violar a sua decisão.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">No pedido de suspeição protocolado na quarta-feira passada, os advogados do Estado</span> sustentaram que o desembargador tem relações de amizade com Fernando Sarney e pedem que Vieira se declare suspeito de tomar decisões no processo em que é parte Fernando Sarney.<br /><br /><span style="font-family: verdana;">De acordo com informações do TJ, nenhuma outra decisão sobre o caso poderá ser tomada pelo tribunal até que o desembargador analise o pedido de suspeição feito pelos advogados do jornal. Nem mesmo a 5a. Turma do TJ poderá analisar o mérito do agravo de instrumento em que é discutida a proibição da publicação de reportagens e gravações sobre a Operação Boi Barrica.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Se o desembargador usar integralmente o prazo de dez dias para analisar o pedido do jornal, a decisão somente deverá ser tomada em 17 de agosto.</span></div><p></p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-71530028200239982672009-08-07T08:19:00.005-03:002009-08-07T09:48:46.825-03:00Gente que mente<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-11xLUZU3jymwAwA_1MXDpgKD_ZVPRVej341t-dUdYBIZLK6ySpS-fiLs6NJX-WtwFgF1TGein4sINeSEj-Nj-E6NPkzhDg4B5jc0ALoaVcg-CbUMPPNWhLBM_FVAiboIQ7iC/s1600-h/gentequemente.bmp"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-11xLUZU3jymwAwA_1MXDpgKD_ZVPRVej341t-dUdYBIZLK6ySpS-fiLs6NJX-WtwFgF1TGein4sINeSEj-Nj-E6NPkzhDg4B5jc0ALoaVcg-CbUMPPNWhLBM_FVAiboIQ7iC/s400/gentequemente.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367202368455047778" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: center; font-weight: bold; font-family: verdana;"><a href="http://www.gentequemente.org.br/">http://www.gentequemente.org.br/</a><br /><br /><br /></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-39625572657532044622009-08-04T09:16:00.002-03:002009-08-04T09:19:23.206-03:00Mordaça: O ocaso do patriarca<div class="grupoC2"><script>Componentes.montarControleTexto("ctrl_texto")</script> </div> <div id="corpoNoticia"> <div class="ImagemMateria"> </div><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family:verdana;"><span style="font-style: italic;">Editorial Estadão</span><br /><br />O senador José Sarney voltou do recesso parlamentar mais fraco do que nele entrou. Ao contrário do que desejava, as duas semanas de férias do Congresso, terminadas ontem, não arrefeceram as labaredas que incineram a sua pretensão de continuar na presidência da instituição a qualquer custo. Foi nesse período, aliás, que se abateu sobre ele a mais contundente da sequência de revelações que expuseram a contumácia com que o seu clã se entrega à alquimia de transformar bens públicos em patrimônio particular - as gravações transcritas neste jornal em que Sarney e o seu filho Fernando aparecem arranjando um emprego no Senado para o namorado da neta. A publicação das conversas colocou o Estado sob censura prévia por decisão, a rogo do filho, de um desembargador do Distrito Federal, Dácio Vieira, relacionado com o oligarca maranhense.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Politicamente, a iniciativa apenas serviu para apressar o ocaso do patriarca, até mesmo na bancada senatorial do PMDB, na qual as manifestações de fidelidade a ele já coexistiam com cálculos de conveniência sobre a sua sucessão no comando da Casa. Tanto que, na última quinta-feira, Sarney cobrou da direção do partido um ato formal em sua defesa. Disso resultou uma nota literalmente exemplar - exemplo de como se constrói a política nacional nestes tempos de vale-tudo da aliança lulista - assinada pelo presidente licenciado da legenda, Michel Temer (a quem Lula acenou com a chance de ser o candidato a vice na chapa da ministra Dilma Rousseff), e por sua substituta, a também deputada Íris de Araújo, que investe contra os senadores peemedebistas dissidentes Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, embora sem citá-los pelo nome. Dá ainda uma explicação antológica para o notório apetite da sigla por cargos no Planalto. </span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Pretendendo ser ferina, a manifestação consegue ser patética ao propor que deixem o partido, que ficaria mais "coeso e musculoso" sem eles. "O PMDB", diz a nota, "acata com humildade o descontentamento de alguns poucos integrantes que perderam espaço político e apostaram na fama efêmera oriunda de acusações vazias." De fato, espaço eles perderam, na razão direta da densidade de suas acusações a uma agremiação que nada mais é do que um movimentado balcão de negócios - quaisquer negócios, naturalmente. Mas o descaramento mais refinado está na alegação de que a legenda não mercadeja espaços no governo, com tudo que se lhe segue. "Os cargos públicos são apenas consequência de ideais convergentes" (sic), explicam os signatários da patranha. Deve ser em nome desses altos objetivos que o partido, ao que se diz, pedirá mais convergência a Lula para compensar a provável perda da presidência do Senado.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">No grande grotão em que o dono dos cargos e os seus concupiscentes aliados transformaram a política brasileira - com a promessa de mais do mesmo se cerrarem fileiras em torno da candidatura Dilma -, as práticas da família que enfeudou o Maranhão estão inscritas na ordem natural das coisas. Quantos hão de ter ficado surpresos, por exemplo, com a decisão da Polícia Federal de indiciar o empresário Fernando Sarney por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e tráfico de influência? Com característica mentalidade, Sarney-pai imaginou que, ao ocupar a principal cadeira do Senado, protegeria o primogênito dos efeitos da investigação policial, a Operação Boi Barrica. E este, com característica truculência, já tentara fazer a sua parte. Documentos do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) revelam que no ano passado ele encaminhou três pedidos ao órgão.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Primeiro, que convocasse um repórter deste jornal a identificar as fontes em que se baseou para informar que Fernando corria o risco de ser indiciado. Segundo, que bloqueasse o acesso do Estado às apurações em curso. Terceiro, que proibisse os procuradores federais de dar entrevistas. Foi o seu lance inicial na tentativa de amordaçar a imprensa. Mas o CNMP aprovou por unanimidade o parecer do relator, Diaulas Ribeiro, contrário aos pedidos. "Não se pode confundir observância do segredo de Justiça com censura prévia", argumentou. "A censura prévia é proibida pela Constituição Federal." Fernando voltaria à carga três vezes em diferentes instâncias do Judiciário. Na terceira tentativa, acertou - à maneira de um bumerangue, no entanto, para a situação política do pai.<br /><br /></span></div></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-13149100647126760532009-07-28T23:59:00.002-03:002009-07-29T00:04:05.636-03:00Quem protege picareta é o quê?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi978xKghTdTbiU2f6qcj6xJMtFMrKvYkPy4OM7Yz_asMmE7LZRlV-1dTzqU1nt2bdfMI8BaHzxE7xnLWlPkYkfMhrvWGkhS6EiKeeA6KVzn5s4XORFnG806xhDaEENc8zeqWTN/s1600-h/129_2854-mucioze.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 303px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi978xKghTdTbiU2f6qcj6xJMtFMrKvYkPy4OM7Yz_asMmE7LZRlV-1dTzqU1nt2bdfMI8BaHzxE7xnLWlPkYkfMhrvWGkhS6EiKeeA6KVzn5s4XORFnG806xhDaEENc8zeqWTN/s400/129_2854-mucioze.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363711786236572962" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;"><br /></span><div style="text-align: justify;"> <p style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Os picaretas estão blindados por Lula, que diz precisar deles para governar - e para eleger Dilma. Quem blinda picareta é o quê?</span></p> <span style="font-family: verdana;font-size:100%;" >O noticiário político dos jornais, hoje, está de rir à bandeira despregada.</span><span style="font-family: verdana;"> A maioria dos 12 senadores do PT quer ver o colega José Sarney (PMDB-AP) pelas costas. Quando isso foi dito há mais de 15 dias por meio de nota oficial distribuída por Aloisio Mercadante, o líder da bancada, Lula subiu nos tamancos. Chamou a bancada para jantar. Depois Aloisio produziu uma errata da nota. E virou alvo da fúria dos seus eleitores. Aí veio a errata da errata. Foi quando Mercadante discursou reafirmando a posição original da bancada favorável ao licenciamento de Sarney do cargo de presidente do Senado. Diante de fatos recentes, digamos, nada auspiciosos para Sarney, Mercadante emitiu na semana passada outra nota - essa em termos suavemente mais duros.</span></div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Como Lula reagiu? Mandou seu ministro das Relações Institucionais, José Múcio, dizer que a nota era uma fraude. Vejam com que cara o pobre do José Múcio (foto) disse o que Lula mandou.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Sim, porque ao dizer que a nota de Mercadante, ao contrário do que ele havia anunciado, não representava a opinião da maioria dos senadores do PT, mas só de um ou dois, Lula afirmou com outras palavras que a nota era uma fraude.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Mercadante renunciou ao cargo de líder?</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Não se tem notícia disso até agora.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Mercadante sentiu-se ofendido e respondeu que a nota expressa, sim, a opinião da maioria dos seus pares e que ele não é moleque para ser desautorizado publicamente?</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Necas de pitibiriba. Nadica de nada.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Informou por meio do seu twitter que está muito ocupado com o casamento próximo do seu filho. E foi só.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Grande Mercadante!</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Lula é um pai patrão para o PT. Mercadante, um pai amoroso para seus filhos. Ponto para ele.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Quanto a Sarney...</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Vejam se não é hilário!</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Diz que não larga o cargo porque precisa defender o governo das investidas dos seus adversários. Por ele mesmo até que largaria. Não precisa, não é?</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Presidiu o Senado duas vezes. Vai completar 80 anos. Já foi tudo na vida. Imagina ter que suportar a essa altura uma injusta e difamante campanha mediática. Porque é disso que se trata, segundo ele.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Empregar parentes?</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Todos os senadores empregam, alega Sarney.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">A neta que pediu ao avô um emprego para o namorado foi assessora da presidência do Superior Tribunal de Justiça durante dois anos. Embolsou R$ 6 mil mensais. Não era sequer formada.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Sarney deve pensar que pior fez Paulo Duque, ex-suplente de suplente de senador, atual presidente do Conselho de Ética do Senado, depósito de parte da escória dos senadores.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Duque empregou no Conselho um funcionário fantasma. Um advogado que mora no Rio e que deve conhecer o prédio do Congresso pela televisão ou por cartões postais.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Os picaretas do Congresso vão muito além dos 300 identificados por Lula quando ali esteve na condição de deputado no final dos anos 80.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Os picaretas estão blindados por Lula, que diz precisar deles para governar - e para eleger Dilma.</p><p style="font-family: verdana; text-align: justify;">Quem blinda picareta é o quê?</p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-87739558215715967292009-07-24T09:18:00.000-03:002009-07-24T09:19:23.310-03:00O presidente sem autocensura<div style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-style: italic;">Editorial Estadão</span><span style="font-weight: bold;"></span><br /><span style="font-weight: bold;"></span><br /><span style="font-weight: bold;"></span></div><div style="text-align: justify; font-family: arial;" class="grupoC2"><script>Componentes.montarControleTexto("ctrl_texto")</script> </div><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: arial;" id="corpoNoticia"> <div class="ImagemMateria"> </div> Seis anos e meio deveriam, talvez, ser mais do que suficientes para o País já não ficar perplexo com as impropriedades que ornamentam os discursos de cada dia do seu primeiro mandatário. Desde que chegou ao Palácio do Planalto, não houve, com efeito, ocasião ou circunstância que o presidente Lula considerasse imprópria para dizer o que lhe viesse à cabeça. Em linguagem corrente, o homem simplesmente não se toca. Mas o efeito cumulativo de seus disparates, no ambiente e no momento que for - desde uma entrevista de passagem, em meio ao atropelo dos jornalistas, até uma solenidade formal de governo -, antes aviva do que anestesia o pasmo provocado pela absoluta falta de autocensura que sustenta tais enormidades.<br /><br />O presidente, definitivamente, não possui o que o público chama de desconfiômetro. Quando lhe faltam argumentos racionais para defender suas teses, desanda a afirmar coisas de que em geral as pessoas, que dirá um chefe de Estado, poupam os que as ouvem, quanto mais não seja para resguardar a própria dignidade. De toda maneira, o que parece contar para Lula e o que o empurra para longe de qualquer vestígio de decoro é o intento de dar o seu recado, quantas vezes julgar necessário - e o resto que se lixe. O exemplo da hora, naturalmente, são as suas demonstrações públicas de alinhamento incondicional com o presidente do Senado, José Sarney, imerso em evidências irrefutáveis de malfeitos que o despojaram das condições mínimas para continuar no cargo e conservar o mandato.<br /><br />Lula parece acreditar que as suas ações em socorro do seu principal aliado no Congresso, de quem se converteu no mais vistoso guarda-costas, não apenas haverão de garantir a sua invulnerabilidade, como ainda o farão se lançar com entusiasmo na duvidosa empreitada de unir o PMDB ao redor da candidatura Dilma Rousseff em 2010. Além de agir, enquadrando, por exemplo, a bancada petista no Senado, ansiosa por se dissociar do oligarca - se não em nome da ética, pelos cálculos eleitorais da maioria dos seus membros -, Lula acha que precisa mostrar a Sarney, por palavras, que se identifica plenamente com o núcleo da sua autodefesa, que ele externou no discurso de 16 de junho: a sua biografia o torna inimputável. (O que a opinião pública pensa disso não vem ao caso.)<br /><br />Dois dias depois, no que o presidente-torcedor poderia chamar de jogada ensaiada, Lula declarou, para assombro dos repórteres que o acompanhavam ao Casaquistão, que Sarney não pode ser tratado como "pessoa comum". E foi isso, numa versão verdadeiramente escandalosa, que ele reiterou anteontem na solenidade de posse do novo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Envergonhando o emblema da República que adornava a tribuna de onde discursava, Lula advertiu o Ministério Público (MP) a não atuar "pensando apenas na biografia de quem está fazendo a investigação" - por si só, uma insinuação próxima do insulto -, mas "pensando, da mesma forma, na biografia de quem está sendo investigado". Ou seja, o MP não pode esquecer que todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros. Aqui já se trata de teatro do absurdo.<br /><br />Antes, Lula aconselhara o MP a "investigar fatos, tirar as suas conclusões e tomar as providências coerentes com elas", como se não fosse exatamente isso o que fez o então procurador-geral Antonio Fernando Souza, no caso do mensalão, indiciando 40 suspeitos, de variadas biografias, como membros de uma "sofisticada organização criminosa" interessada em "garantir a permanência do partido (o PT) no poder". A vida pregressa de um réu somente pesa - como circunstância atenuante ou agravante - na hora do julgamento. Não se ofenderá a inteligência do presidente da República sugerindo que possa ter confundido as condutas apropriadas aos agentes públicos em cada etapa do devido processo legal.<br /><br />Lula não é um néscio: o seu problema, ou melhor, o problema do País, sob a sua liderança, é a sem-cerimônia com que dá ao povo que o admira um exemplo perverso de como tratar as instituições. Elas têm sido a primeira vítima de sua obstinação em conseguir o que pretende - controlar o processo político e fazer a sua sucessora. Ele deve imaginar que a sua excepcional biografia a tudo o autoriza. Tanto pior.<br /><br />Correção - No editorial Linhas ocupadas, publicado ontem, onde se lê "Passados oito dias, Agaciel Maia assina o ato - secreto - de nomeação do namorado da filha do senador", leia-se "da neta do senador". </div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-57220912202362199992009-07-23T16:29:00.002-03:002009-07-23T16:30:56.257-03:00"Revolução do bigode"<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu0X8MK44digsO2PV1r-iwyyEKcDm3jCnN2T5-BJVaWDABbsvlWClbL_vKM-GRLrnpYomgod3pAbxYS7Lrt-5tqQa2JcNXfP-VZYN3MxJT-9cpt4AcJMQHf_IT02PYwEUduARV/s1600-h/erasmo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 326px; height: 232px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu0X8MK44digsO2PV1r-iwyyEKcDm3jCnN2T5-BJVaWDABbsvlWClbL_vKM-GRLrnpYomgod3pAbxYS7Lrt-5tqQa2JcNXfP-VZYN3MxJT-9cpt4AcJMQHf_IT02PYwEUduARV/s400/erasmo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361740149616143762" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">O jornal britânico The Guardian destacou em seu site nesta quinta-feira, 23, a "revolução do bigode" para protestar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O artigo cita uma página na internet com o nome de "Greve de Bigode" que convida os internautas a tirar fotos com a "ferramenta de protesto" - natural ou falso - e enviar ao blog, "até o Sarney cair".</span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-6500486658153183812009-07-21T17:40:00.002-03:002009-07-21T17:43:40.196-03:00PETROBRAS: ALÔ, MENSAGEIRO DA VERDADE! HÁ UM CANIL ONDE DEVERIA HAVER UMA EMPRESA<div class="post hentry category-geral tag-mv-bill tag-r-a-brandao" id="post-23751" style="font-family:verdana;"><div style="text-align: justify;"><span style="text-decoration: underline; font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;"><br />Por Reinaldo Azevedo</span></span><br /><small></small> </div><div class="entry"><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Vejam vocês como são as coisas… Agora eu começo a ficar preocupado com MV Bill. Ainda mais que descobri que esse “MV” quer dizer “Mensageiro da Verdade” (<em>ler abaixo</em>). Por que digo isso? Porque quem recebe os direitos autorais de um livro do Mensageiro é a R. A. Brandão, como revelou Diogo Mainardi em sua coluna na VEJA. Vocês já sabem, a essa altura, o que é e o que faz essa empresa, não é? Abaixo, há posts esclarecedores. Agora vejam o que noticia Maiá Menezes no Globo desta terça. Mais uma vez, o gênio empresarial do tal Raphael Brandão aparece em todo o seu esplendor. Comento em seguida:</p><div style="text-align: justify;"> <blockquote> <p style="text-align: justify;">Especializada em rodeios, marionetes, espetáculos de dança e atividades de sonorização, a Sibemol Promoções e Eventos recebeu da Petrobras, de novembro do ano passado a fevereiro deste ano, R$ 120 mil para realizar o projeto Quilombos Cariocas. No endereço declarado à Receita, no entanto, funciona um canil com 60 cachorros.<br />A empresa tem como sócio Raphael de Almeida Brandão, também proprietário da R.A. Brandão e da Guanumbi Promoções e Eventos - ambas inexistentes nos endereços declarados à Receit a e que receberam R$ 8,2 milhões da Petrobras em 2008, segundo a revista “Veja”.<br />Raphael é sócio minoritário da Sibemol, que divide com o irmão, Luiz Felipe de Almeida Brandão. Na Guanumbi, Rafael é sócio da mãe, Telma de Almeida Brandão. Assim como a R.A. Brandão e a Guanumbi, a Sibemol tem endereço declarado em Jacarepaguá. Na casa, numa ladeira de um bairro de classe média baixa, funciona há pelo menos dois anos um canil, que abriga ainda 200 gatos, segundo o cuidador dos animais, que não quis se identificar.<br />Ele cuida dos bichos, sem explorar comercialmente o negócio, e nada recebe dos donos do terreno. Segundo os vizinhos, a casa pertence a uma “senhora chamada Telma”. O GLOBO tentou nesta segunda, sem sucesso, contato com Raphael e Telma Brandão.</p></blockquote> </div><p style="text-align: justify;"><strong>Comento<br /></strong>Não sei, não… Mas esse Raphael está fazendo um esforço danado para se parecer com um baita laranja. Ou esse rapaz aparece logo para dizer que diabos, afinal de contas, ele faz e que tipo de serviço suas empresas prestam, ou logo vão começar a desconfiar que ele empresta seu nome a operações de fachada.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">A “produtora privada legalmente estabelecida” de que fala MV Bill, o Mensageiro da Verdade, até agora não conseguiu comprovar seu endereço — nenhuma das três empresas de Raphael fica no endereç</p><p style="text-align: justify;">o informado à Receita.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Também esse terceiro empreendimento do rapaz é de um ecletismo espantoso. Além do projeto “Quilombos Cariocas” e de ser especializada em “marionetes, rodeios, e espetáculos de dança”, a Sibemol ajudou a desenvolver um “Museu de Astronomia e Ciências Afins” e deu “apoio administrativo a um depósito naval”.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Como vocês vêem, não há limites para a imaginação humana.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Haja mensageiros da verdade!</p><p style="text-align: right;"><a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/">http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/</a><br /></p> </div></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-52452305119274912612009-07-18T09:56:00.002-03:002009-07-18T09:57:24.878-03:00Charge do Dia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigWZGvw5v4kRwuenAFN37PHYIqc5KRoukd4Ld-PPkqEvSzlSD2goq3OEpnvtAgm5dujGgZBU0oGi-ETDvg_osM5c5YmnHdm1x2-QgKLG7umTuPQ90gchl2FYEvefVnRiF1_1_I/s1600-h/simanca.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 391px; height: 295px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigWZGvw5v4kRwuenAFN37PHYIqc5KRoukd4Ld-PPkqEvSzlSD2goq3OEpnvtAgm5dujGgZBU0oGi-ETDvg_osM5c5YmnHdm1x2-QgKLG7umTuPQ90gchl2FYEvefVnRiF1_1_I/s400/simanca.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359783433135543506" border="0" /></a>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-11398762072227623452009-07-14T16:47:00.003-03:002009-07-14T16:50:34.390-03:00Blog da CPI da Petrobras já está no ar<div style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-style: italic;">Objetivo da nova ferramenta é qualificar as discussões</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Já está no ar no endereço o </span><a style="font-family: verdana;" href="http://petrobrasblogdacpi.blogspot.com/">blog sobre a CPI da Petrobras</a><span style="font-family: verdana;">. A nova ferramenta oferece conteúdo e informação para qualificar a discussão sobre as irregularidades apontadas pelo TCU e Polícia Federal em algumas ações desenvolvidas pela Petrobras. Aberta hoje, a CPI é uma vitória da oposição depois de tantas manobras da base governista para impedir a sua instalação.</span></div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: center; font-family: verdana; font-weight: bold;"><a href="http://petrobrasblogdacpi.blogspot.com/">http://petrobrasblogdacpi.blogspot.com/</a></p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: verdana; font-style: italic;"><br /></p><p style="text-align: justify; font-family: verdana; font-style: italic;">Fonte: Agência Tucana</p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-84698960721290699632009-07-12T18:10:00.003-03:002009-07-12T18:14:30.122-03:00Sarney autoriza procurador-geral a checar se existe conta em seu nome no exterior<div style="text-align: justify;"><span class="h1"></span><span class="bluelight" style="font-family:verdana;">Agência Estado</span></div><p style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </p><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family:verdana;"> O presidente do Senado, José Sarney, disse que enviará na segunda-feira (13/7) um ofício ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dando poderes pra que requisite de instituições financeiras informações sobre contas bancárias em seu nome. </span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">A decisão, divulgada em nota oficial, é uma resposta às denúncias da revista Veja de que Sarney "tinha uma conta naõ declarada no exterior". Segundo a revista a conta são mostradas em documentos do Banco Central recolhidos por auditores e pela Polícia Federal durante a intervenção no Banco Santos, cinco anos atrás. Os dados da conta e a movimentação financeira estão em uma "contabilidade clandestina" que, segundo a revista, ficava sob os cuidados de Vera Lúcia Rodrigues, secretária do banqueiro Edemar Cid Ferreira, controlador do falido Banco Santos e amigo íntimo de Sarney.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Ainda segundo a reportavem, em 30 de outubro de 1999, a conta atribuída a Sarney registrava saldo de R$ 1,7 milhão depositado no exterior. A movimentação também mostraria uma coincidência de datas e depósitos, em junho de 2001: logo depois de uma viagem de Sarney e Edemar a Veneza, na Itália, onde o banqueiro teria entregue US$ 10 mil ao presidente do Senado, a secretária registrou essa remessa no histórico da conta.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >O problema da existência da conta - não é crime ter dinheiro no exterior -, diz a Veja, é que as declarações de renda do senador "não registram dinheiro no exterior no período contemplado pela contabilidade do Banco Santos". Além disso, acrescenta a reportagem, "os dólares (da conta JS) equivaliam a 74% do patrimônio total declarado por Sarney à Justiça Eleitoral em 1998, quando concorreu ao cargo de senador pelo Amapá".</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Sarney e o banqueiro disseram desconhecer os papéis em poder da polícia e dos auditores. Por meio da assessoria, o senador disse à revista que "não manteve recursos fora do País nesse período (entre 1999 e 2001). Nos registros internos do Banco Santos, a movimentação da conta "JS" é atribuída ao senador porque os endereços e os contatos (secretárias em Brasília, São Luís e Macapá) são todos ligados a Sarney. Em novembro de 2004, um dia antes da intervenção do BC no Banco Santos, Sarney conseguiu sacar R$ 2,2 milhões, que estavam investidos no banco do amigo.</span><br /><br /><a href="http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/07/11/politica,i=125730/SARNEY+AUTORIZA+PROCURADOR+GERAL+A+CHECAR+SE+EXISTE+CONTA+EM+SEU+NOME+NO+EXTERIOR.shtml"><span style="font-style: italic;">correio braziliense</span></a><br /></span></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-1627948106170393852009-07-11T11:12:00.006-03:002009-07-11T11:22:40.051-03:00Sai, Sarney!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2QJJirekRRXdRSelpBniKR5G32kKF2cjg2LmjLWXq5b7wFqgX5sl7eL04sOBh7Xo5-M9C82JT7R8Mw86LISS1lFn2VNv7M2kx8F4LFPZ2IsmcI5BGp5k8H5aRvSNlMT9sbcuN/s1600-h/11462493.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 277px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2QJJirekRRXdRSelpBniKR5G32kKF2cjg2LmjLWXq5b7wFqgX5sl7eL04sOBh7Xo5-M9C82JT7R8Mw86LISS1lFn2VNv7M2kx8F4LFPZ2IsmcI5BGp5k8H5aRvSNlMT9sbcuN/s400/11462493.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357206803128030002" border="0" /></a><br /><br /><div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-style: italic; font-family: verdana;">“Eu só tenho a agradecer ao Dr. Agaciel Maia pelos relevantes serviços que ele prestou”, disse Sarney ao se despedir do ex-diretor-geral do Senado, defenestrado da função devido à crise. Agaciel foi nomeado por Sarney.</span></span><br /></div><br /><div style="font-style: italic;"><strong><em><strong><em><span style="color: rgb(51, 51, 51);"></span></em></strong></em></strong></div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"><strong style="font-style: italic;"><em></em></strong><span style="font-style: italic;"><br />Por Ricardo Noblat - 15/6/2009</span><br /><br />Vez por outra lemos a respeito de político japonês que se matou depois de ter sido acusado de corrupção. O mais recente foi Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura, em maio de 2007. Ele aceitou suborno de um empresário e pediu reembolso de despesas que sempre foram cobertas por seu gabinete. A ser processado e talvez preso, preferiu se enforcar.<br /><br />O próximo domingo será um dia tristemente histórico para a Inglaterra. Pela segunda vez, um presidente da Câmara dos Comuns, o equivalente à nossa Câmara dos Deputados, renunciará ao cargo, acusado de má conduta. O primeiro a renunciar foi Sir John Trevor em 1695. Seu crime? Ter embolsado grana de um comerciante em troca do apoio à aprovação de uma lei.<br /><br />Michael Martin, 63 anos, presidente da Câmara dos Comuns há quase dez, não se vendeu a ninguém nem tirou vantagens ilícitas do cargo. Mas foi conivente com os colegas que tiraram.<br /><br />Deputados com direito a verba para bancar moradia em Londres conseguiram reembolso por gastos para consertar quadras de tênis, limpar fossas, comprar cadeiras de massagem e aparelhos de televisão de tela plana. Os mais ousados cobraram até pelo aluguel de filmes pornográficos. O cordato Martin avalizou os desmandos. Uma vez que eles foram descobertos pela imprensa, tentou encobri-los. Como a tarefa se revelou impossível, pediu ajuda à polícia para identificar as fontes de informações dos jornalistas. A polícia nem se mexeu. Por fim, Martin se rendeu. Seguirá o exemplo dado por Trevor há 314 anos.<br /><br />Aqui já assistimos a renúncia de presidentes da Câmara e do Senado enrolados em denúncias de quebra de decoro. Foi o caso de Severino Cavalcanti, presidente da Câmara. E de Jader Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e Renan Calheiros, presidentes do Senado. Diferentemente de Trevor no passado, e agora de Martin, eles não abandonaram os cargos premidos pelo sentimento de vergonha. Renunciaram para não ser cassados. Foi um ato sem vergonha. Assim puderam preservar os direitos políticos e voltar ao Congresso reeleitos.<br /><br />José Sarney está no olho do furacão que varre o Senado desde que ele foi eleito em fevereiro último para presidi-lo pela terceira vez. A primeira foi em 1995. O que existe de podre no Senado não é obra exclusiva dele. Um presidente do Senado não pode tudo, muito menos sozinho. Mas é um escárnio Sarney continuar fingindo que nada tem a ver com a crise mais grave da história do Senado. Não apenas tem a ver: Sarney é o principal responsável por ela. A semente da crise foi plantada no primeiro mandato dele como presidente do Senado.<br /><br />“Eu só tenho a agradecer ao Dr. Agaciel Maia pelos relevantes serviços que ele prestou”, disse Sarney ao se despedir do ex-diretor-geral do Senado, defenestrado da função devido à crise. Agaciel foi nomeado por Sarney. Ao longo de 14 anos, acumulou poderes e cometeu toda a sorte de abusos com a concordância explícita ou velada de Sarney e dos que o sucederam no comando do Senado.<br /><br />Na semana passada, ao som da música do filme “O Poderoso Chefão”, Agaciel casou a filha Mayanna sob as bênçãos de Sarney, Renan Calheiros e de dois outros ex-presidentes do Senado – Garibaldi Alves e Edison Lobão. Para lá do inchaço do quadro de funcionários do Senado, do pagamento de horas extras não trabalhadas, da criação de diretorias fantasmas, da homologação de licitações suspeitas e da assinatura de decretos secretos, há fatos que dizem respeito diretamente a Sarney e que o deixam mal na foto.<br /><br />Dono de imóvel em Brasília e inquilino da mansão destinada ao presidente do Senado, Sarney recebeu durante mais de um ano auxílio-moradia de R$ 3.800,00 mensais reservada a senadores sem teto. Flagrado, primeiro negou que recebesse. Depois se apropriou do mote de Lula e disse que não sabia.<br /><br />Um neto de 22 anos de Sarney assessorou durante mais de um ano o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Foi a maneira que Cafeteira encontrou, segundo admitiu, de agradecer ao pai do rapaz por tê-lo reaproximado de Sarney.<br /><br />Há uma sobrinha de Sarney lotada no ex-gabinete da filha dele no Senado, Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão. E há outra empregada no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MTS) em Campo Grande. Essa ganha sem trabalhar.<br /><br />É possível acreditar que o pai da crise esteja de fato empenhado em resolvê-la? Ou que reúna condições para tal? E quem disse que seus pares estão interessados em refundar o Senado?<br /><br />A essa altura, uma só coisa depende de fato de Sarney: a renúncia à presidência do Senado para atenuar as nódoas recentes de sua biografia.<strong><em></em></strong></div></div></div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-57763976518561697352009-06-26T10:47:00.002-03:002009-06-26T10:49:43.970-03:00Supersalários da Petrobras podem ser alvo da CPI<div style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;">Diretores e presidente receberam em 2007 média de R$ 60 mil mensais</span><br /><br /><a href="http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,supersalarios-da-petrobras-podem-ser-alvo-da-cpi,393509,0.htm">AE - Agencia Estado</a><br /><br />SÃO PAULO - Diante da revelação que os integrantes da cúpula da Petrobras recebem supersalários, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou ontem a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a estatal já na próxima semana. De acordo com reportagem do jornal "Correio Braziliense", documentação enviada pela Petrobras ao Ministério da Previdência e à Receita Federal mostra que os vencimentos - salários mais bônus - de cada um dos diretores e do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, fecharam 2007 em torno de R$ 710 mil, uma média mensal salarial de R$ 60 mil.<br /><br />O senador, autor do requerimento de criação da CPI, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por autorizarem reajustes de até 90%, entre 2003 e 2007, para a diretoria executiva da estatal. A diretoria é em boa parte loteada entre nomes do PT e do PMDB. Indicado pelo PT, o diretor de Operações e Exploração da empresa, Guilherme de Oliveira Estrella, por exemplo, teve rendimentos aumentados de R$ 368.711,36 em 2003, para R$ 701.764,79 em 2007.<br /><br />"É evidente que dirão: 'Mas isto é legal'. Não há dúvida, deve ser legal; afinal, os atos foram praticados em função de normas estabelecidas pela empresa, com o aval do Poder Executivo, já que quem preside o Conselho da Petrobras é a ministra da Casa Civil. Nós não estamos discutindo a legalidade: nós estamos questionando a moralidade", afirmou Dias. </div>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-29876575.post-58075178988700984162009-06-14T17:54:00.001-03:002009-06-14T17:55:59.579-03:00A Petrobras já está privatizada<div style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-style: italic;">Por Augusto Nunes/da Veja</span><br /><br />O presidente Lula ficou muito irritado com a instauração da CPI da Petrobras. Depois de ter feito o possível para interromper a gestação, agora faz o possível para matá-la no berço. Baseado no critério do prontuário, entregou a Renan Calheiros o comando do grupo de extermínio montado para o justiçamento. O senador do PMDB alagoano é especialista no assassinato de boas idéias e diplomado com louvor na escolinha que ensina a delinquir impunemente.</div><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: verdana;">O presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, ficou muito irritado com a instauração da CPI da Petrobras. Copiando o palavrório do chefe, o pré-candidato a senador pelo PT da Bahia qualificou de “inimigos da pátria” os partidários da devassa na empresa, o que promove a defensores da nação em perigo os que tentam manter fechada a caixa preta. Gente como Renan Calheiros, Ideli Salvatti ou Romero Jucá, por exemplo.</p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: verdana;">O ministro Edison Lobão, governista seja qual for o governo, ficou muito irritado com a instauração da CPI da Petrobras. Alegou que iluminar os porões de uma empresa que é a cara do país espanta clientes, fornecedores e possíveis parceiros. A chiadeira de Lobão é tanta e tão inconvincente que vai acabar espantando os clientes, fornecedores e possíveis parceiros que restarem.</p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: verdana;">Os modernos pelegos ficaram muito irritados com a instauração da CPI da Petrobras. Dirigentes da CUT e da Central Sindical convocaram manifestações e improvisaram comícios para berrar que o petróleo é nosso. Eviscerar a estatal sob suspeita “pode gerar desemprego”, fantasiaram.</p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: verdana;">Tudo somado, e embora a CPI nem tenha ainda saído do papel, ficou mais difícil acusar os partidos de oposição, a elite golpista, os paulistas quatrocentões, os capitalistas selvagens e os loiros de olhos azuis de tramarem nas sombras a privatização da Petrobrás. A empresa já foi privatizada ─ sem licitação. O novo dono é o PT, que arrendou parte do latifúndio à base alugada.</p>Daniel J. Butzkehttp://www.blogger.com/profile/13318193248184604160noreply@blogger.com0