domingo

ADEUS, ÉTICA



CLÁUDIO WEBER ABRAMO

Um dos benefícios que a crise do mensalão poderá trazer aos costumes brasileiros será a desmoralização do discurso pretensamente "ético". Tal discurso, que respondeu por parte ponderável (não a única, bem entendido) da ascensão do Partido dos Trabalhadores, penetrou em diversas outras áreas além da política, notadamente a empresarial.

A crise também tem exibido a tendência de algumas organizações da sociedade civil, comprometidas de forma aberta ou mais geralmente sub-reptícia com o PT, de empregarem o discurso "ético" para tentar desviar a atenção dos atos de corrupção que originam caixas dois (tanto desse partido quanto de qualquer outro), apontando em vez disso para alvos distantes. O preferido é o modelo de financiamento eleitoral. Esse específico discurso "ético" tem às vezes recorrido à extraordinária proposição de que, como "todo mundo faz", então não se deve buscar o esclarecimento de atos concretos praticados por pessoas, grupos ou partidos concretamente dados. LEIA MAIS

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