terça-feira

A Triunfal Volta de Dirceu à Câmara e o Verdadeiro PAC de Lula: Plano de Aumento da Corrupção



Não houve ninguém na face da Terra mais leal a Lula que Aldo Rebelo na presidência da Câmara dos Deputados. Para seus pés enlameados por mensalões, vampiros, sanguessugas, dossiês e outras sujeiras, era o capacho perfeito. Para seus quase-provados crimes e suas rotundas grosserias e incongruências verbais e políticas, era o biombo surdo e inexpressivo a aparar qualquer tentativa, por menor que fosse, de censura parlamentar, e a cortar pela raiz qualquer vestígio de pensamento em impeachment.

Da incrível sabujice, que colhe Aldo? Nada mais que o desprezo e o comportamento já tradicional de quem arma tudo nos bastidores e aparece com cara de Lago Paranoá e discurso de verbete de enciclopédia em público e nas mídias, tão dissimulado como sempre, tão enganoso como nunca.

Se Celso Daniel, amigo de longas jornadas, passou a não valer o ar que respirava quando se supôs que representasse perigo ao seu projeto de poder, imagine-se quanto valeria Rebelo para Lula hoje, longíssimo dos escândalos que, “pensando bem, nem ocorreram”, nadando em expressiva e, como nunca, fisiológica base de apoio paralamentar, e reluzindo quase sessenta milhões de votos novinhos em folha…

Como no início do Primeiro Reinado, Lula e Dirceu continuarão a dobradinha deletéria, posto que o candidato chapa-branquíssima (Aldo é só chapa-branca), na melhor das hipóteses, não passaria de interposta laranja com testa-de-ferro simpática, afável e, com esforço, envergando português antipetista.

Que maravilhoso PAC construirá nossa dupla dinâmica! Enquanto Chávez “enlouquece” em sandices exaustivamente ensaiadas, com o indescritível “Socialismo ou morte!” e quejandos teatrais, Lula dirá “Capitalismo ou corte!” e seguirá cortando o orçamento onde é essencial e o preservando onde é acessório, mas eleitoralmente precioso, com Dirceu comandando o Parlamento com o lema quase chavista “Franciscanismo ou morte!”, em homenagem a São Francisco de Assis (Renan, prestativa e prazerosamente, reza na mesma cartilha, desde que não passa de mero prestador de serviços ao governo).

Não obstante, não há como negar que Lula é um gênio em matéria de destruição política de alternativas: fora o inviável candidato do PSDB envergonhado, fruto de esforços hercúleos da minoria da minoria dos parlamentares, a minúscula ala ética, a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados virou uma pelada na Granja do Torto durante churrasco preparado por Lorenzetti: time de Lula versus equipe de Lula. (Obs.: regado a Romanée Conti, com brinde à saúde do povo brasileiro!)

Artigo de André Luiz Barbosa

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