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O editor da revista piauí Marcos Sá Corrêa afirmou nesta terça-feira (08/01) que as acusações de supostas inverdades na entrevista com José Dirceu, apontadas pelo próprio ex-deputado, não procedem. “A reportagem não foi feita nem para contentá-lo, nem para descontentá-lo”, diz Marcos Sá Corrêa. O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula concedeu a entrevista de 11 páginas à repórter Daniela Pinheiro, publicada na edição desde mês da piauí. A jornalista não gravou as conversas. No relato sobre José Dirceu de Oliveira e Silva, atual consultor de empresas, muitas delas de veículos de comunicação, como a Gazeta Mercantil e o Jornal do Brasil, e de milionários do ramo como o mexicano Carlos Slim, com negócios no mercado de TV a cabo brasileiro, surgem duas principais polêmicas entre esse mineiro de Passa Quatro e a revista da editora Alvinegra: caixa 2 no financiamento do PT gaúcho e críticas teoricamente feitas por Dirceu ao filho do presidente Lula.
Caixa 2 no PT gaúcho?
José Dirceu teria dito que a sede do PT do Rio Grande do Sul foi construída com verba irregular. À página 27, há o seguinte trecho entre aspas: “foi feita com dinheiro de caixa 2. Era com mala de dinheiro”, teria dito o ex-deputado cujo mandato foi cassado por supostamente pagar propina a deputados para aprovarem projetos de interesse do governo Lula, fato nacionalmente conhecido como mensalão. Segundo o editor Marcos Sá Corrêa, Dirceu teria rememorado de “livre e espontânea vontade” as suspeitas de irregularidades no PT gaúcho. “Você só invoca aquilo que quer que publiquem”, disse, mantendo a acusação de Dirceu. José Dirceu, contudo, enviou nota à imprensa e escreveu notas em seu blog, alegando estar incorreta essa informação, dentre outras. O ex-deputado informou ao Comunique-se, por meio de sua assessoria de imprensa, que não teria sentido atribuírem a ele uma denúncia contra o PT gaúcho se a própria Justiça indeferiu a acusação. Teria questionado apenas a falta de solidariedade de alguns líderes do PT gaúcho para com ele.
Segunda questão: queixas ao filho de Lula?
Outra informação questionada pelo ex-deputado é a respeito do filho do presidente Lula, Fábio Luiz da Silva, cuja empresa de jogos de computador, a Gamecorp, teria recebido um investimento de R$ 5,2 milhões da ex-Telemar, atual Oi. Dirceu disse que não falou do referido filho do presidente Lula na entrevista mas, sim, sobre o jornalista Luís Costa Pinto, conhecido como Lula. A repórter Daniela Pinheiro, no entanto, afirma que o filho do presidente teria inventado supostos diálogos de Dirceu. Como conseqüência, à página 29, encontra-se o seguinte trecho: “Dirceu se queixou (de Lulinha) e a resposta (do filho do presidente) foi surpreendente: ‘Ah, mas isso não tem problema, não, é só um detalhe.’” Ao que Dirceu teria respondido: “O que é isso, Lulinha, você está ficando bobo? Isso é seriíssimo.” Mais adiante, na entrevista, Lula teria comentado as reclamações de Dirceu sobre o filho do presidente. “Você vai ficar enchendo meu saco por causa do Lulinha, Zé Dirceu?” O editor da piauí diz que esse último trecho justificaria a menção à Fábio Luiz da Silva. “Não consigo imaginar o chefe da Casa Civil e o presidente da República conversando sobre uma pessoa que fosse um jornalista”, afirmou. Dirceu disse, via assessoria, ter combinado com a repórter que não falaria sobre Gamecorp ou sobre o presidente.
Chuva de polêmicas
O blog de Dirceu enumera mais quatro ressalvas quanto à reportagem que, no geral, acredita ter sido um relato “correto” sobre sua pessoa. As demais informações, consideradas factuais pelo editor da piauí, como a presença ou não do tesoureiro Delúbio Soares num jantar com Dirceu e os atuais deputados federais Antônio Palocci e José Genuíno, a correção de que o consultor era presidente da União Estadual de Estudantes de São Paulo (UEE-SP), em vez da União Nacional dos Estudantes (UNE), e ainda a de que José Oviedo foi conselheiro político da Embaixada da República Dominicana em Brasília e não embaixador, serão revistas e corrigidas. “Nossa relação é com os leitores, com quem não devemos errar”, disse o editor.
Ponto para a piauí
A entrevista com o ex-deputado José Dirceu fez sucesso, mas a editora nem previa tanto. Dos 60 mil exemplares, já se esgotaram os números para a capital Porto Alegre, onde se trava o caso do suposto caixa 2. Os exemplares serão remanejados de sobras de outras bancas para contemplar os leitores interessados na revista até o fim do mês. Jamildo Melo
O editor da revista piauí Marcos Sá Corrêa afirmou nesta terça-feira (08/01) que as acusações de supostas inverdades na entrevista com José Dirceu, apontadas pelo próprio ex-deputado, não procedem. “A reportagem não foi feita nem para contentá-lo, nem para descontentá-lo”, diz Marcos Sá Corrêa. O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula concedeu a entrevista de 11 páginas à repórter Daniela Pinheiro, publicada na edição desde mês da piauí. A jornalista não gravou as conversas. No relato sobre José Dirceu de Oliveira e Silva, atual consultor de empresas, muitas delas de veículos de comunicação, como a Gazeta Mercantil e o Jornal do Brasil, e de milionários do ramo como o mexicano Carlos Slim, com negócios no mercado de TV a cabo brasileiro, surgem duas principais polêmicas entre esse mineiro de Passa Quatro e a revista da editora Alvinegra: caixa 2 no financiamento do PT gaúcho e críticas teoricamente feitas por Dirceu ao filho do presidente Lula.
Caixa 2 no PT gaúcho?
José Dirceu teria dito que a sede do PT do Rio Grande do Sul foi construída com verba irregular. À página 27, há o seguinte trecho entre aspas: “foi feita com dinheiro de caixa 2. Era com mala de dinheiro”, teria dito o ex-deputado cujo mandato foi cassado por supostamente pagar propina a deputados para aprovarem projetos de interesse do governo Lula, fato nacionalmente conhecido como mensalão. Segundo o editor Marcos Sá Corrêa, Dirceu teria rememorado de “livre e espontânea vontade” as suspeitas de irregularidades no PT gaúcho. “Você só invoca aquilo que quer que publiquem”, disse, mantendo a acusação de Dirceu. José Dirceu, contudo, enviou nota à imprensa e escreveu notas em seu blog, alegando estar incorreta essa informação, dentre outras. O ex-deputado informou ao Comunique-se, por meio de sua assessoria de imprensa, que não teria sentido atribuírem a ele uma denúncia contra o PT gaúcho se a própria Justiça indeferiu a acusação. Teria questionado apenas a falta de solidariedade de alguns líderes do PT gaúcho para com ele.
Segunda questão: queixas ao filho de Lula?
Outra informação questionada pelo ex-deputado é a respeito do filho do presidente Lula, Fábio Luiz da Silva, cuja empresa de jogos de computador, a Gamecorp, teria recebido um investimento de R$ 5,2 milhões da ex-Telemar, atual Oi. Dirceu disse que não falou do referido filho do presidente Lula na entrevista mas, sim, sobre o jornalista Luís Costa Pinto, conhecido como Lula. A repórter Daniela Pinheiro, no entanto, afirma que o filho do presidente teria inventado supostos diálogos de Dirceu. Como conseqüência, à página 29, encontra-se o seguinte trecho: “Dirceu se queixou (de Lulinha) e a resposta (do filho do presidente) foi surpreendente: ‘Ah, mas isso não tem problema, não, é só um detalhe.’” Ao que Dirceu teria respondido: “O que é isso, Lulinha, você está ficando bobo? Isso é seriíssimo.” Mais adiante, na entrevista, Lula teria comentado as reclamações de Dirceu sobre o filho do presidente. “Você vai ficar enchendo meu saco por causa do Lulinha, Zé Dirceu?” O editor da piauí diz que esse último trecho justificaria a menção à Fábio Luiz da Silva. “Não consigo imaginar o chefe da Casa Civil e o presidente da República conversando sobre uma pessoa que fosse um jornalista”, afirmou. Dirceu disse, via assessoria, ter combinado com a repórter que não falaria sobre Gamecorp ou sobre o presidente.
Chuva de polêmicas
O blog de Dirceu enumera mais quatro ressalvas quanto à reportagem que, no geral, acredita ter sido um relato “correto” sobre sua pessoa. As demais informações, consideradas factuais pelo editor da piauí, como a presença ou não do tesoureiro Delúbio Soares num jantar com Dirceu e os atuais deputados federais Antônio Palocci e José Genuíno, a correção de que o consultor era presidente da União Estadual de Estudantes de São Paulo (UEE-SP), em vez da União Nacional dos Estudantes (UNE), e ainda a de que José Oviedo foi conselheiro político da Embaixada da República Dominicana em Brasília e não embaixador, serão revistas e corrigidas. “Nossa relação é com os leitores, com quem não devemos errar”, disse o editor.
Ponto para a piauí
A entrevista com o ex-deputado José Dirceu fez sucesso, mas a editora nem previa tanto. Dos 60 mil exemplares, já se esgotaram os números para a capital Porto Alegre, onde se trava o caso do suposto caixa 2. Os exemplares serão remanejados de sobras de outras bancas para contemplar os leitores interessados na revista até o fim do mês. Jamildo Melo
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