sábado

Kátia Abreu é a nova presidente da CNA


Senadora tocantinense teve 26 votos dos 27 presidentes de Federação da Agricultura; um voto foi em branco e posse será dia 16 de dezembro

A senadora Kátia Abreu (DEM) foi eleita a nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta quarta-feira, dia 12 de novembro, pelo Conselho de Representantes da entidade. Titular da chapa única registrada, a senadora concorreu num colégio eleitoral integrado pelos 27 presidentes das Federações estaduais de agricultura, juntamente com a nova Diretoria, que comandará a CNA pelo triênio 2008-2011. No total, obteve 26 votos favoráveis contra um em branco.

Primeira mulher a comandar a CNA, foi também a primeira a presidir uma Federação estadual de agricultura e um sindicato rural. Formada em psicologia, Kátia Abreu assumiu o trabalho no campo em 1987, quando ficou viúva e assumiu a Fazenda Aliança, no antigo norte goiano, atualmente Aliança do Tocantins. Seis anos depois, ganhou destaque entre os produtores da região ao implementar tecnologias de inseminação artificial no Tocantins.

Como conseqüência do sucesso na atividade, foi convidada a se candidatar à presidência do Sindicato Rural de Gurupi. Eleita, sua gestão ficou marcada pela modernização do sindicato, pela união dos pecuaristas e agricultores e por projetos sociais que levaram cidadania ao povo do campo, como o Projeto Sindicato no Campo. Nesta época, a exposição agropecuária de Gurupi chegou a ser a maior do Brasil em volume de negócios em leilões. Kátia Abreu trouxe para os leilões os pequenos produtores, que passaram a comercializar pequenos lotes de seus rebanhos. Dois anos depois, Kátia recebeu novo convite, para candidatar-se à presidência da Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (FAET).

Eleita a primeira mulher a ocupar a presidência de uma Federação da Agricultura no Brasil, iniciou projeto de valorização, arrecadação e modernização dos sindicatos rurais no Estado, implantando o Projeto Cidadão Rural. À frente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Kátia capacitou mais de 38 mil trabalhadores rurais. Em 2005, elegeu-se Vice-Presidente de Secretaria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cargo que ocupa atualmente.

quarta-feira

Risco de demissões no ABCD e ação contra irregularidades na campanha de Luiz Marinho tiram o humor de Lula

Por Jorge Serrão

Além da retraída da indústria, com risco imediato de desemprego no ABCD paulista, o chefão Lula da Silva tem, desde ontem, uma preocupação a mais com seu futuro político, no curto prazo. Surge na Justiça eleitoral um movimento para questionar a eleição do prefeito de São Bernardo do Campo. Há indícios de irregularidades na prestação de contas de Luiz Marinho (PT), cuja campanha milionária torrou exatos R$ 11.184.752,25.

O Cartório Eleitoral da 174ª Zona Eleitoral suspeita de irregularidades em planilhas de lançamentos de doações, ausência de recibos e discrepância nos valores. A Justiça eleitoral em São Bernardo do Campo já enviou 12 pedidos de informações a Luiz Marinho. Os juízes eleitorais da cidade onde Lula tem residência não dão detalhes sobre os pedidos. A pressão política é grande sobre os magistrados. Tudo indica que a investigação dará em nada...

São Bernardo do Campo é prioridade zero para Lula. Tanto que mantém lá uma de suas assessoras diretas na Presidência. Miriam Belchior, que é uma das tocadoras do PAC como sub-chefe da Casa Civil, tirou férias no Planalto para fazer a limpeza da prefeitura ocupada por oposicionistas do presidente. Miriam é a primeira mulher do prefeito barbaramente torturado e assassinado de Santo André, Celso Daniel.

A ordem de cima é deixar tudo arrumadinho em São Bernardo do Campo, que vai abrigar o chefão Lula e sua base política, quando ele deixar o poder, a partir de 2011. Lula, que vai morar em sua mansão novinha em folha no nobre Swiss Park, monta sua base operacional para retornar ao poder em 2014 – como é seu desejo...

O dinheiro que sumiu...

Luiz Marinho esclareceu ontem o problema verificado em uma doação de R$ 800 mil feita à campanha pela Petroquímica União.

"Houve um apontamento de divergência entre o valor total de R$ 800 mil arrecadados em um jantar e os R$ 760 mil declarados como arrecadados no evento. Um dos recibos referentes a este jantar, no valor de R$ 20 mil, foi extraviado e faz parte de Boletim de Ocorrência 1267/2008”.

Marinho esclarece que o recibo, no mesmo valor, foi lançado equivocadamente nas receitas gerais (doações recebidas de pessoas físicas e jurídicas) e será alocado corretamente para o evento".

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