domingo

Alta nos preços dos alimentos já se tornou "crise global", diz ONU

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira que a alta nos preços dos alimentos já chegou ao nível de uma crise global.

"Esse forte aumento nos preços dos alimentos se tornou uma crise global real", disse, em uma conferência em Viena (Áustria). "A ONU está muito preocupada, bem como todos os países-membros", afirmou, acrescentando que a comunidade internacional precisa tomar uma ação imediata.

Os preços do arroz na Ásia tiveram uma alta expressiva neste ano. Ontem, o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Jacques Diouf, disse que é preciso dar aos fazendeiros dos países emergentes uma ajuda imediata para ampliar suas lavouras e que isso deveria ser o foco dos esforços para combater a crise global de abastecimento de alimentos.

No Brasil, na última quarta-feira (23), o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) informou a suspensão das exportações do estoque público e afirmou que conversaria com produtores para suspender também as vendas externas privadas. Ontem, no entanto, Stephanes disse que o país só adotará medidas para restringir a exportação de arroz em "casos extremos".

Jacques Diouf afirmou hoje que o encontro de líderes mundiais em Roma programado para os dias 3 a 5 de junho será a oportunidade para que o mundo possa repensar suas políticas e agir. "Os fatos são claros. Um, precisamos providenciar dinheiro e alimentos para que as pessoas possam ter o que comer e para reduzir os custos para os pobres, de modo que eles possam ter acesso aos alimentos", disse Diouf, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). "Dois, temos de ajudar os agricultores a ter acesso ao que eles precisam para produzir."

Segundo ele, seria necessário US$ 1,7 bilhão para financiar essa ajuda. "Todos estão dizendo 'vamos alimentar as pessoas e vamos dar mais ajuda', o que, é claro, também é importante (...) Mas a atual safra e a próxima deveriam ser o foco neste momento", disse --acrescentando que, se não for assim, "estaremos perdendo o passo de novo".

FMI

O FMI (Fundo Monetário Internacional) está em conversas com dez países pobres, na maioria africanos, com vistas a uma possível ajuda financeira que os permita superar os problemas de balança de pagamento e tributária devido à alta dos preços mundiais dos alimentos.

O porta-voz principal do FMI, Masood Ahmed, disse ao "Financial Times" que uma série de países perguntaram ao órgão se estaria disposto a aumentar seu apoio através de mecanismos de ajuda já existentes.

"Esta seria a via mais rápida para que [esses países] obtivessem fundos adicionais para fazer frente ao aumento do preço dos alimentos", disse Ahmed.

Segundo este funcionário, o FMI não se comprometeu ainda, mas decidiu tratar o tema de forma urgente. Entre os dez países africanos com os quais o FMI está em conversas, estão Mali, Camarões e Madagáscar.

Folha - Com informações da agência Efe

quarta-feira

Ruth Cardoso morreu de desgosto

A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, morreu na noite desta terça-feira (24), em São Paulo, aos 77 anos, vítima de arritmia grave decorrente de doença coronariana.


RUTH CARDOSO foi uma primeira dama que pensou o Brasil. Tudo que ele pensou, colocou em prática e defendeu para o Brasil foi colocado na lata do lixo. O Comunidade Solidária atuava nas áreas onde se concentra a população mais pobre; - selecionava quais as ações mais importantes no combate à fome e à pobreza; - orientava a aplicação de recursos; - coordenava e acompanhava o desenvolvimento dos programas; - articula-se com o voluntariado, com empresas privadas, com estados e municípios visando a promoção de ações integradas nas áreas selecionadas. A alfabetização solidária, Bolsa-escola, Amazônia Solidária, Jovens empreendedores, entre tantas outras ações. O Universidade Solidária e o fortalecimento dos movimentos sociais e o terceiro setor. Hoje, a maioria dos programas sociais de educação, o ALFABETIZAÇÃO SOLIDÁRIA, O BOLSA-ESCOLA foram jogados num saco e transformados NESTA FRAUDE CHAMADA BOLSA FAMÍLIA com distribuição de dinheiro federal sem critério, acompanhamento, avaliação, sem resultado senão o eleitoreiro. O programa JUVENTUDE EMPREENDEDORA - VIROU COTAS, o programa AMAZÔNIA SILIDÁRIA - VIROU UMA ZONA DE DESTRUIÇÃO, e os programas com universidades, movimentos sociais e o terceiro setor viraram isso: ...AS UNIVERSIDADES, OS MOVIMENTOS SOCIAIS E AS ONGS VIRARAM UMA GRANDE LAVANDERIA DE DINHEIRO PÚBLICO, LARANJAS UTILIZADAS POR PARLAMENTARES E GESTORES CORRUPTOS... Justo os setores que mais dedicou o seu trabalho. Não há coração que resista a essa calamidade pública.

Saiba mais sobre a antropóloga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso

segunda-feira

Lula privilegiou prefeituras aliadas no repasse de recursos

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Reportagem de Silvio Navarro e Ranier Bragon na Folha .


A análise de convênios feitos desde 2005 com os 100 municípios mais populosos mostra que a média de repasses por habitante foi de R$ 80 para prefeituras governistas. As da oposição obtiveram R$ 42. Das 30 cidades que mais ganharam recursos per capita, 28 são governadas por siglas da base de Lula.

O resultado é de uma análise realizada pela Folha dos milhares de convênios firmados entre o governo e as cem maiores prefeituras do país --mais Palmas, única capital fora do ranking-- desde 2005, ano de início das atuais gestões municipais.

"Se você é do PT, tem recursos. Se não é, um abraço", reclama o prefeito Rubens Furlan, de Barueri (SP), que se elegeu pelo oposicionista PPS, mas depois migrou para o PMDB. A cidade não recebeu um centavo de convênio entre a prefeitura e o governo desde 2005.

Em outra reportagem (íntegra para assinantes), o governo e os prefeitos ouvidos pela Folha negaram que a distribuição de verbas federais tenha seguido critérios partidários.

A cidade que mais recebeu repasses federais foi Boa Vista (RR), com R$ 629,90 per capita e governada pelo PSB. Rio Branco (AC) é a segunda, com R$ 268,91 per capita. O prefeito Raimundo Angelim (PT) diz que o critério de liberação é técnico, mas salienta o "respeito e carinho" de Lula pelo povo do Acre.

O levantamento da Folha foi feito a partir da base de dados que a CGU (Controladoria Geral da União) mantém no Portal da Transparência.