Lula privilegiou prefeituras aliadas no repasse de recursos
A análise de convênios feitos desde 2005 com os 100 municípios mais populosos mostra que a média de repasses por habitante foi de R$ 80 para prefeituras governistas. As da oposição obtiveram R$ 42. Das 30 cidades que mais ganharam recursos per capita, 28 são governadas por siglas da base de Lula.
O resultado é de uma análise realizada pela Folha dos milhares de convênios firmados entre o governo e as cem maiores prefeituras do país --mais Palmas, única capital fora do ranking-- desde 2005, ano de início das atuais gestões municipais.
"Se você é do PT, tem recursos. Se não é, um abraço", reclama o prefeito Rubens Furlan, de Barueri (SP), que se elegeu pelo oposicionista PPS, mas depois migrou para o PMDB. A cidade não recebeu um centavo de convênio entre a prefeitura e o governo desde 2005.
Em outra reportagem (íntegra para assinantes), o governo e os prefeitos ouvidos pela Folha negaram que a distribuição de verbas federais tenha seguido critérios partidários.
A cidade que mais recebeu repasses federais foi Boa Vista (RR), com R$ 629,90 per capita e governada pelo PSB. Rio Branco (AC) é a segunda, com R$ 268,91 per capita. O prefeito Raimundo Angelim (PT) diz que o critério de liberação é técnico, mas salienta o "respeito e carinho" de Lula pelo povo do Acre.
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