República sindicalista
Tião Viana, na época Presidente do Senado, e sindicalistas fazem pacto pela regulamentação das centrais. (Foto: J.Freitas/Agência Senado)
República Sindical 1 - PF inclui Paulinho no organograma da quadrilha que agia no BNDES
República Sindical 1 - PF inclui Paulinho no organograma da quadrilha que agia no BNDES
Por Roberto Almeida e Fausto Macedo, no Estadão:
O nome do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, é parte do "Organograma da Organização Criminosa - ?Esquema BNDES?", registrado na página 97 do Relatório de Inteligência Policial 11 da Operação Santa Tereza - peça que analisa os documentos recolhidos pelos federais e relacionados ao suposto desvio de verbas do BNDES. Para a PF, Paulinho teria recebido cheque de R$ 18.397,50 relativo ao primeiro desembolso do banco para a Prefeitura de Praia Grande (SP) e outra ordem de pagamento de R$ 82.162,93, referente a empréstimo às Lojas Marisa.
O organograma construído pelos federais aponta que há quatro mentores para o suposto esquema. Um deles é o lobista, assessor e amigo de Paulinho João Pedro de Moura, o que envolveria diretamente o deputado e justificaria a inclusão do nome do parlamentar no documento. Na última vez em que comentou as investigações da PF, em 9 de maio, Paulinho disse: "O que Moura fez, nós (Paulinho e seu advogado, Antonio Rosella) não discutimos."
Segundo a PF, Moura percorreu cerca de 200 prefeituras dando como referência sua amizade com Paulinho para fechar novos contratos. Os demais líderes apontados pela PF são o ex-conselheiro do BNDES Ricardo Tosto, o sócio do prostíbulo WE Original Manuel Fernandes de Bastos Filho (foragido) e o proprietário da Progus Consultoria e Assessoria, Marcos Vieira Mantovani.
Para confirmar a participação dos envolvidos no suposto esquema, a PF recorreu ao BNDES para esclarecimentos. O banco de fomento, por meio do chefe de gabinete da presidência, Paulo Todescan, amparado pelo chefe do Departamento Jurídico, Denilson Nunes, explicou que o "BNDES não possui um setor específico para detectar fraudes" e "não recomenda aos seus clientes o uso de empresas de consultoria, como a Progus" - empresa de Mantovani, apontado pela Procuradoria da República como consultor da suposta quadrilha.
A defesa
O advogado do deputado Paulo Pereira da Silva, Antonio Rosella, classifica as acusações da Polícia Federal de "absurdas" e acrescenta que as citações a Paulinho nos grampos são de terceiros e não passam de "meras interpretações". "Não é certo você responsabilizar a quem ele (terceiro) se referiu", justificou Rosella.
Os advogados da Progus e de Marcos Mantovani, Antonio Ruiz Filho e Carlos Kauffmann, declaram que o empresário fez os projetos questionados, mas garantem: "A participação da Progus é totalmente lícita. Todos os projetos são corretos."
O advogado Frederico Crissiúma, que defende João Pedro de Moura, explicou que ele "prestará todos os esclarecimentos à Justiça".
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O nome do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, é parte do "Organograma da Organização Criminosa - ?Esquema BNDES?", registrado na página 97 do Relatório de Inteligência Policial 11 da Operação Santa Tereza - peça que analisa os documentos recolhidos pelos federais e relacionados ao suposto desvio de verbas do BNDES. Para a PF, Paulinho teria recebido cheque de R$ 18.397,50 relativo ao primeiro desembolso do banco para a Prefeitura de Praia Grande (SP) e outra ordem de pagamento de R$ 82.162,93, referente a empréstimo às Lojas Marisa.
O organograma construído pelos federais aponta que há quatro mentores para o suposto esquema. Um deles é o lobista, assessor e amigo de Paulinho João Pedro de Moura, o que envolveria diretamente o deputado e justificaria a inclusão do nome do parlamentar no documento. Na última vez em que comentou as investigações da PF, em 9 de maio, Paulinho disse: "O que Moura fez, nós (Paulinho e seu advogado, Antonio Rosella) não discutimos."
Segundo a PF, Moura percorreu cerca de 200 prefeituras dando como referência sua amizade com Paulinho para fechar novos contratos. Os demais líderes apontados pela PF são o ex-conselheiro do BNDES Ricardo Tosto, o sócio do prostíbulo WE Original Manuel Fernandes de Bastos Filho (foragido) e o proprietário da Progus Consultoria e Assessoria, Marcos Vieira Mantovani.
Para confirmar a participação dos envolvidos no suposto esquema, a PF recorreu ao BNDES para esclarecimentos. O banco de fomento, por meio do chefe de gabinete da presidência, Paulo Todescan, amparado pelo chefe do Departamento Jurídico, Denilson Nunes, explicou que o "BNDES não possui um setor específico para detectar fraudes" e "não recomenda aos seus clientes o uso de empresas de consultoria, como a Progus" - empresa de Mantovani, apontado pela Procuradoria da República como consultor da suposta quadrilha.
A defesa
O advogado do deputado Paulo Pereira da Silva, Antonio Rosella, classifica as acusações da Polícia Federal de "absurdas" e acrescenta que as citações a Paulinho nos grampos são de terceiros e não passam de "meras interpretações". "Não é certo você responsabilizar a quem ele (terceiro) se referiu", justificou Rosella.
Os advogados da Progus e de Marcos Mantovani, Antonio Ruiz Filho e Carlos Kauffmann, declaram que o empresário fez os projetos questionados, mas garantem: "A participação da Progus é totalmente lícita. Todos os projetos são corretos."
O advogado Frederico Crissiúma, que defende João Pedro de Moura, explicou que ele "prestará todos os esclarecimentos à Justiça".
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República Sindical 2 - WE, prostíbulo e reduto do grupo, girou R$ 10 milhões
Por Roberto Almeida e Fausto Macedo, no Estadão:
O prostíbulo WE Original, localizado em São Paulo e de propriedade de Manuel Fernandes de Bastos Filho, o Maneco, teve movimentação superior a R$ 10 milhões em 2006, de acordo com planilha apreendida pela Polícia Federal. Segundo os federais, "a casa noturna era utilizada para ocultação e lavagem de dinheiro proveniente de outras atividades ilícitas" e fazia parte do "Esquema BNDES".
"Em uma de suas conversas com Celso (Celso de Jesus Murad), gerente financeiro, (Maneco) pede a este que deposite o dinheiro do ?Esquema do BNDES? nas contas da casa", reforça o relatório.
A contabilidade da WE tornou-se foco das investigações quando os federais perceberam nomes de personagens envolvidos na trama, em especial de um assessor e amigo do deputado Paulinho da Força, João Pedro de Moura. Eles encontraram pagamentos de passagens aéreas de Moura com destino a Brasília, onde circulava por gabinetes da Câmara, e até o pagamento do IPTU de seu apartamento.
O prostíbulo WE Original, localizado em São Paulo e de propriedade de Manuel Fernandes de Bastos Filho, o Maneco, teve movimentação superior a R$ 10 milhões em 2006, de acordo com planilha apreendida pela Polícia Federal. Segundo os federais, "a casa noturna era utilizada para ocultação e lavagem de dinheiro proveniente de outras atividades ilícitas" e fazia parte do "Esquema BNDES".
"Em uma de suas conversas com Celso (Celso de Jesus Murad), gerente financeiro, (Maneco) pede a este que deposite o dinheiro do ?Esquema do BNDES? nas contas da casa", reforça o relatório.
A contabilidade da WE tornou-se foco das investigações quando os federais perceberam nomes de personagens envolvidos na trama, em especial de um assessor e amigo do deputado Paulinho da Força, João Pedro de Moura. Eles encontraram pagamentos de passagens aéreas de Moura com destino a Brasília, onde circulava por gabinetes da Câmara, e até o pagamento do IPTU de seu apartamento.
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República Sindical 3 - PSOL promete recorrer ao Conselho de Ética
Por Felipe Recondo, no Estadão:
O PSOL vai pedir ao Conselho de Ética da Câmara a cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, por quebra de decoro parlamentar por suposto envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ação da organização criminosa no banco é investigada pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza.
O partido avalia que há elementos suficientes para que Paulinho seja cassado e acredita que, diante das provas que a PF colheu sobre sua participação no esquema, o deputado pode renunciar para evitar a cassação. "A situação dele é insustentável. A cada dia que adiamos a representação contra ele, nossa assessoria vai agregando informações e vendo mais enquadramentos dele no Código Penal", avaliou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que oficiará a representação amanhã ou na quarta-feira.
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