sexta-feira


E Lula ainda faz ameaças

Por Cida Fontes, no Estadão On Line.


Nesta sexta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ida da ministra [Dilma Rousseff] à comissão, mesmo sob o risco de ser constrangida a responder perguntas sobre o dossiê. O presidente disse que a oposição não está amordaçada. Mas afirmou: "A lógica é que quem pergunta o que quer ouve o que não quer". Ele reafirmou que desconhece a existência de um dossiê. "O que estávamos e estamos fazendo é um banco de dados que ficará pronto em alguns dias, com todas as informações (de gastos) de todas as pessoas que acharmos necessário", afirmou.

Sobre a investigação em torno do vazamento das informações, Lula disse que quer saber quem foi o responsável. "Se alguém que não sei quem, roubou documento oficial de um banco de dados e resolveu dar para um jornal, um jornalista, uma revista, como se fosse uma coisa fantástica, uma novidade para merecer manchete, nós queremos descobrir quem roubou, sim", afirmou.

"Alguém tentar roubar um documento e vender como novidade, como se descobrissem a mina do rei Salomão, acho pequeno, acho isso pobre. Obviamente por isso que queremos descobrir quem roubou, porque é muito grave alguém roubar um documento de dentro do Palácio do Planalto. É muito grave. Queremos descobrir quem é que anda roubando documentos. E quem quiser transformar banco de dados em dossiê que transforme. Eu continuarei a fazer banco de dados na Casa Civil".

Comentário do jornalista Reinaldo Azevedo

A fala de Lula, como se vê, está afinada com a de seu ministro da Justiça (com as próprias mãos), Tarso Genro. A diferença é que ele continua a chamar dossiê ilegal de “banco de dados”, o que conferiria ao à picaretagem um aspecto legal.

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