terça-feira

Quem protege picareta é o quê?


Os picaretas estão blindados por Lula, que diz precisar deles para governar - e para eleger Dilma. Quem blinda picareta é o quê?

O noticiário político dos jornais, hoje, está de rir à bandeira despregada. A maioria dos 12 senadores do PT quer ver o colega José Sarney (PMDB-AP) pelas costas. Quando isso foi dito há mais de 15 dias por meio de nota oficial distribuída por Aloisio Mercadante, o líder da bancada, Lula subiu nos tamancos. Chamou a bancada para jantar. Depois Aloisio produziu uma errata da nota. E virou alvo da fúria dos seus eleitores. Aí veio a errata da errata. Foi quando Mercadante discursou reafirmando a posição original da bancada favorável ao licenciamento de Sarney do cargo de presidente do Senado. Diante de fatos recentes, digamos, nada auspiciosos para Sarney, Mercadante emitiu na semana passada outra nota - essa em termos suavemente mais duros.

Como Lula reagiu? Mandou seu ministro das Relações Institucionais, José Múcio, dizer que a nota era uma fraude. Vejam com que cara o pobre do José Múcio (foto) disse o que Lula mandou.

Sim, porque ao dizer que a nota de Mercadante, ao contrário do que ele havia anunciado, não representava a opinião da maioria dos senadores do PT, mas só de um ou dois, Lula afirmou com outras palavras que a nota era uma fraude.

Mercadante renunciou ao cargo de líder?

Não se tem notícia disso até agora.

Mercadante sentiu-se ofendido e respondeu que a nota expressa, sim, a opinião da maioria dos seus pares e que ele não é moleque para ser desautorizado publicamente?

Necas de pitibiriba. Nadica de nada.

Informou por meio do seu twitter que está muito ocupado com o casamento próximo do seu filho. E foi só.

Grande Mercadante!

Lula é um pai patrão para o PT. Mercadante, um pai amoroso para seus filhos. Ponto para ele.

Quanto a Sarney...

Vejam se não é hilário!

Diz que não larga o cargo porque precisa defender o governo das investidas dos seus adversários. Por ele mesmo até que largaria. Não precisa, não é?

Presidiu o Senado duas vezes. Vai completar 80 anos. Já foi tudo na vida. Imagina ter que suportar a essa altura uma injusta e difamante campanha mediática. Porque é disso que se trata, segundo ele.

Empregar parentes?

Todos os senadores empregam, alega Sarney.

A neta que pediu ao avô um emprego para o namorado foi assessora da presidência do Superior Tribunal de Justiça durante dois anos. Embolsou R$ 6 mil mensais. Não era sequer formada.

Sarney deve pensar que pior fez Paulo Duque, ex-suplente de suplente de senador, atual presidente do Conselho de Ética do Senado, depósito de parte da escória dos senadores.

Duque empregou no Conselho um funcionário fantasma. Um advogado que mora no Rio e que deve conhecer o prédio do Congresso pela televisão ou por cartões postais.

Os picaretas do Congresso vão muito além dos 300 identificados por Lula quando ali esteve na condição de deputado no final dos anos 80.

Os picaretas estão blindados por Lula, que diz precisar deles para governar - e para eleger Dilma.

Quem blinda picareta é o quê?

sexta-feira

O presidente sem autocensura

Editorial Estadão

Seis anos e meio deveriam, talvez, ser mais do que suficientes para o País já não ficar perplexo com as impropriedades que ornamentam os discursos de cada dia do seu primeiro mandatário. Desde que chegou ao Palácio do Planalto, não houve, com efeito, ocasião ou circunstância que o presidente Lula considerasse imprópria para dizer o que lhe viesse à cabeça. Em linguagem corrente, o homem simplesmente não se toca. Mas o efeito cumulativo de seus disparates, no ambiente e no momento que for - desde uma entrevista de passagem, em meio ao atropelo dos jornalistas, até uma solenidade formal de governo -, antes aviva do que anestesia o pasmo provocado pela absoluta falta de autocensura que sustenta tais enormidades.

O presidente, definitivamente, não possui o que o público chama de desconfiômetro. Quando lhe faltam argumentos racionais para defender suas teses, desanda a afirmar coisas de que em geral as pessoas, que dirá um chefe de Estado, poupam os que as ouvem, quanto mais não seja para resguardar a própria dignidade. De toda maneira, o que parece contar para Lula e o que o empurra para longe de qualquer vestígio de decoro é o intento de dar o seu recado, quantas vezes julgar necessário - e o resto que se lixe. O exemplo da hora, naturalmente, são as suas demonstrações públicas de alinhamento incondicional com o presidente do Senado, José Sarney, imerso em evidências irrefutáveis de malfeitos que o despojaram das condições mínimas para continuar no cargo e conservar o mandato.

Lula parece acreditar que as suas ações em socorro do seu principal aliado no Congresso, de quem se converteu no mais vistoso guarda-costas, não apenas haverão de garantir a sua invulnerabilidade, como ainda o farão se lançar com entusiasmo na duvidosa empreitada de unir o PMDB ao redor da candidatura Dilma Rousseff em 2010. Além de agir, enquadrando, por exemplo, a bancada petista no Senado, ansiosa por se dissociar do oligarca - se não em nome da ética, pelos cálculos eleitorais da maioria dos seus membros -, Lula acha que precisa mostrar a Sarney, por palavras, que se identifica plenamente com o núcleo da sua autodefesa, que ele externou no discurso de 16 de junho: a sua biografia o torna inimputável. (O que a opinião pública pensa disso não vem ao caso.)

Dois dias depois, no que o presidente-torcedor poderia chamar de jogada ensaiada, Lula declarou, para assombro dos repórteres que o acompanhavam ao Casaquistão, que Sarney não pode ser tratado como "pessoa comum". E foi isso, numa versão verdadeiramente escandalosa, que ele reiterou anteontem na solenidade de posse do novo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Envergonhando o emblema da República que adornava a tribuna de onde discursava, Lula advertiu o Ministério Público (MP) a não atuar "pensando apenas na biografia de quem está fazendo a investigação" - por si só, uma insinuação próxima do insulto -, mas "pensando, da mesma forma, na biografia de quem está sendo investigado". Ou seja, o MP não pode esquecer que todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros. Aqui já se trata de teatro do absurdo.

Antes, Lula aconselhara o MP a "investigar fatos, tirar as suas conclusões e tomar as providências coerentes com elas", como se não fosse exatamente isso o que fez o então procurador-geral Antonio Fernando Souza, no caso do mensalão, indiciando 40 suspeitos, de variadas biografias, como membros de uma "sofisticada organização criminosa" interessada em "garantir a permanência do partido (o PT) no poder". A vida pregressa de um réu somente pesa - como circunstância atenuante ou agravante - na hora do julgamento. Não se ofenderá a inteligência do presidente da República sugerindo que possa ter confundido as condutas apropriadas aos agentes públicos em cada etapa do devido processo legal.

Lula não é um néscio: o seu problema, ou melhor, o problema do País, sob a sua liderança, é a sem-cerimônia com que dá ao povo que o admira um exemplo perverso de como tratar as instituições. Elas têm sido a primeira vítima de sua obstinação em conseguir o que pretende - controlar o processo político e fazer a sua sucessora. Ele deve imaginar que a sua excepcional biografia a tudo o autoriza. Tanto pior.

Correção - No editorial Linhas ocupadas, publicado ontem, onde se lê "Passados oito dias, Agaciel Maia assina o ato - secreto - de nomeação do namorado da filha do senador", leia-se "da neta do senador".

quinta-feira

"Revolução do bigode"


O jornal britânico The Guardian destacou em seu site nesta quinta-feira, 23, a "revolução do bigode" para protestar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O artigo cita uma página na internet com o nome de "Greve de Bigode" que convida os internautas a tirar fotos com a "ferramenta de protesto" - natural ou falso - e enviar ao blog, "até o Sarney cair".

terça-feira

PETROBRAS: ALÔ, MENSAGEIRO DA VERDADE! HÁ UM CANIL ONDE DEVERIA HAVER UMA EMPRESA


Por Reinaldo Azevedo


Vejam vocês como são as coisas… Agora eu começo a ficar preocupado com MV Bill. Ainda mais que descobri que esse “MV” quer dizer “Mensageiro da Verdade” (ler abaixo). Por que digo isso? Porque quem recebe os direitos autorais de um livro do Mensageiro é a R. A. Brandão, como revelou Diogo Mainardi em sua coluna na VEJA. Vocês já sabem, a essa altura, o que é e o que faz essa empresa, não é? Abaixo, há posts esclarecedores. Agora vejam o que noticia Maiá Menezes no Globo desta terça. Mais uma vez, o gênio empresarial do tal Raphael Brandão aparece em todo o seu esplendor. Comento em seguida:

Especializada em rodeios, marionetes, espetáculos de dança e atividades de sonorização, a Sibemol Promoções e Eventos recebeu da Petrobras, de novembro do ano passado a fevereiro deste ano, R$ 120 mil para realizar o projeto Quilombos Cariocas. No endereço declarado à Receita, no entanto, funciona um canil com 60 cachorros.
A empresa tem como sócio Raphael de Almeida Brandão, também proprietário da R.A. Brandão e da Guanumbi Promoções e Eventos - ambas inexistentes nos endereços declarados à Receit a e que receberam R$ 8,2 milhões da Petrobras em 2008, segundo a revista “Veja”.
Raphael é sócio minoritário da Sibemol, que divide com o irmão, Luiz Felipe de Almeida Brandão. Na Guanumbi, Rafael é sócio da mãe, Telma de Almeida Brandão. Assim como a R.A. Brandão e a Guanumbi, a Sibemol tem endereço declarado em Jacarepaguá. Na casa, numa ladeira de um bairro de classe média baixa, funciona há pelo menos dois anos um canil, que abriga ainda 200 gatos, segundo o cuidador dos animais, que não quis se identificar.
Ele cuida dos bichos, sem explorar comercialmente o negócio, e nada recebe dos donos do terreno. Segundo os vizinhos, a casa pertence a uma “senhora chamada Telma”. O GLOBO tentou nesta segunda, sem sucesso, contato com Raphael e Telma Brandão.

Comento
Não sei, não… Mas esse Raphael está fazendo um esforço danado para se parecer com um baita laranja. Ou esse rapaz aparece logo para dizer que diabos, afinal de contas, ele faz e que tipo de serviço suas empresas prestam, ou logo vão começar a desconfiar que ele empresta seu nome a operações de fachada.

A “produtora privada legalmente estabelecida” de que fala MV Bill, o Mensageiro da Verdade, até agora não conseguiu comprovar seu endereço — nenhuma das três empresas de Raphael fica no endereç

o informado à Receita.

Também esse terceiro empreendimento do rapaz é de um ecletismo espantoso. Além do projeto “Quilombos Cariocas” e de ser especializada em “marionetes, rodeios, e espetáculos de dança”, a Sibemol ajudou a desenvolver um “Museu de Astronomia e Ciências Afins” e deu “apoio administrativo a um depósito naval”.

Como vocês vêem, não há limites para a imaginação humana.

Haja mensageiros da verdade!

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

sábado

Charge do Dia

terça-feira

Blog da CPI da Petrobras já está no ar

Objetivo da nova ferramenta é qualificar as discussões

Já está no ar no endereço o blog sobre a CPI da Petrobras. A nova ferramenta oferece conteúdo e informação para qualificar a discussão sobre as irregularidades apontadas pelo TCU e Polícia Federal em algumas ações desenvolvidas pela Petrobras. Aberta hoje, a CPI é uma vitória da oposição depois de tantas manobras da base governista para impedir a sua instalação.

http://petrobrasblogdacpi.blogspot.com/


Fonte: Agência Tucana

domingo

Sarney autoriza procurador-geral a checar se existe conta em seu nome no exterior

Agência Estado

O presidente do Senado, José Sarney, disse que enviará na segunda-feira (13/7) um ofício ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dando poderes pra que requisite de instituições financeiras informações sobre contas bancárias em seu nome.

A decisão, divulgada em nota oficial, é uma resposta às denúncias da revista Veja de que Sarney "tinha uma conta naõ declarada no exterior". Segundo a revista a conta são mostradas em documentos do Banco Central recolhidos por auditores e pela Polícia Federal durante a intervenção no Banco Santos, cinco anos atrás. Os dados da conta e a movimentação financeira estão em uma "contabilidade clandestina" que, segundo a revista, ficava sob os cuidados de Vera Lúcia Rodrigues, secretária do banqueiro Edemar Cid Ferreira, controlador do falido Banco Santos e amigo íntimo de Sarney.

Ainda segundo a reportavem, em 30 de outubro de 1999, a conta atribuída a Sarney registrava saldo de R$ 1,7 milhão depositado no exterior. A movimentação também mostraria uma coincidência de datas e depósitos, em junho de 2001: logo depois de uma viagem de Sarney e Edemar a Veneza, na Itália, onde o banqueiro teria entregue US$ 10 mil ao presidente do Senado, a secretária registrou essa remessa no histórico da conta.

O problema da existência da conta - não é crime ter dinheiro no exterior -, diz a Veja, é que as declarações de renda do senador "não registram dinheiro no exterior no período contemplado pela contabilidade do Banco Santos". Além disso, acrescenta a reportagem, "os dólares (da conta JS) equivaliam a 74% do patrimônio total declarado por Sarney à Justiça Eleitoral em 1998, quando concorreu ao cargo de senador pelo Amapá".

Sarney e o banqueiro disseram desconhecer os papéis em poder da polícia e dos auditores. Por meio da assessoria, o senador disse à revista que "não manteve recursos fora do País nesse período (entre 1999 e 2001). Nos registros internos do Banco Santos, a movimentação da conta "JS" é atribuída ao senador porque os endereços e os contatos (secretárias em Brasília, São Luís e Macapá) são todos ligados a Sarney. Em novembro de 2004, um dia antes da intervenção do BC no Banco Santos, Sarney conseguiu sacar R$ 2,2 milhões, que estavam investidos no banco do amigo.

correio braziliense

sábado

Sai, Sarney!



“Eu só tenho a agradecer ao Dr. Agaciel Maia pelos relevantes serviços que ele prestou”, disse Sarney ao se despedir do ex-diretor-geral do Senado, defenestrado da função devido à crise. Agaciel foi nomeado por Sarney.


Por Ricardo Noblat - 15/6/2009


Vez por outra lemos a respeito de político japonês que se matou depois de ter sido acusado de corrupção. O mais recente foi Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura, em maio de 2007. Ele aceitou suborno de um empresário e pediu reembolso de despesas que sempre foram cobertas por seu gabinete. A ser processado e talvez preso, preferiu se enforcar.

O próximo domingo será um dia tristemente histórico para a Inglaterra. Pela segunda vez, um presidente da Câmara dos Comuns, o equivalente à nossa Câmara dos Deputados, renunciará ao cargo, acusado de má conduta. O primeiro a renunciar foi Sir John Trevor em 1695. Seu crime? Ter embolsado grana de um comerciante em troca do apoio à aprovação de uma lei.

Michael Martin, 63 anos, presidente da Câmara dos Comuns há quase dez, não se vendeu a ninguém nem tirou vantagens ilícitas do cargo. Mas foi conivente com os colegas que tiraram.

Deputados com direito a verba para bancar moradia em Londres conseguiram reembolso por gastos para consertar quadras de tênis, limpar fossas, comprar cadeiras de massagem e aparelhos de televisão de tela plana. Os mais ousados cobraram até pelo aluguel de filmes pornográficos. O cordato Martin avalizou os desmandos. Uma vez que eles foram descobertos pela imprensa, tentou encobri-los. Como a tarefa se revelou impossível, pediu ajuda à polícia para identificar as fontes de informações dos jornalistas. A polícia nem se mexeu. Por fim, Martin se rendeu. Seguirá o exemplo dado por Trevor há 314 anos.

Aqui já assistimos a renúncia de presidentes da Câmara e do Senado enrolados em denúncias de quebra de decoro. Foi o caso de Severino Cavalcanti, presidente da Câmara. E de Jader Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e Renan Calheiros, presidentes do Senado. Diferentemente de Trevor no passado, e agora de Martin, eles não abandonaram os cargos premidos pelo sentimento de vergonha. Renunciaram para não ser cassados. Foi um ato sem vergonha. Assim puderam preservar os direitos políticos e voltar ao Congresso reeleitos.

José Sarney está no olho do furacão que varre o Senado desde que ele foi eleito em fevereiro último para presidi-lo pela terceira vez. A primeira foi em 1995. O que existe de podre no Senado não é obra exclusiva dele. Um presidente do Senado não pode tudo, muito menos sozinho. Mas é um escárnio Sarney continuar fingindo que nada tem a ver com a crise mais grave da história do Senado. Não apenas tem a ver: Sarney é o principal responsável por ela. A semente da crise foi plantada no primeiro mandato dele como presidente do Senado.

“Eu só tenho a agradecer ao Dr. Agaciel Maia pelos relevantes serviços que ele prestou”, disse Sarney ao se despedir do ex-diretor-geral do Senado, defenestrado da função devido à crise. Agaciel foi nomeado por Sarney. Ao longo de 14 anos, acumulou poderes e cometeu toda a sorte de abusos com a concordância explícita ou velada de Sarney e dos que o sucederam no comando do Senado.

Na semana passada, ao som da música do filme “O Poderoso Chefão”, Agaciel casou a filha Mayanna sob as bênçãos de Sarney, Renan Calheiros e de dois outros ex-presidentes do Senado – Garibaldi Alves e Edison Lobão. Para lá do inchaço do quadro de funcionários do Senado, do pagamento de horas extras não trabalhadas, da criação de diretorias fantasmas, da homologação de licitações suspeitas e da assinatura de decretos secretos, há fatos que dizem respeito diretamente a Sarney e que o deixam mal na foto.

Dono de imóvel em Brasília e inquilino da mansão destinada ao presidente do Senado, Sarney recebeu durante mais de um ano auxílio-moradia de R$ 3.800,00 mensais reservada a senadores sem teto. Flagrado, primeiro negou que recebesse. Depois se apropriou do mote de Lula e disse que não sabia.

Um neto de 22 anos de Sarney assessorou durante mais de um ano o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Foi a maneira que Cafeteira encontrou, segundo admitiu, de agradecer ao pai do rapaz por tê-lo reaproximado de Sarney.

Há uma sobrinha de Sarney lotada no ex-gabinete da filha dele no Senado, Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão. E há outra empregada no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MTS) em Campo Grande. Essa ganha sem trabalhar.

É possível acreditar que o pai da crise esteja de fato empenhado em resolvê-la? Ou que reúna condições para tal? E quem disse que seus pares estão interessados em refundar o Senado?

A essa altura, uma só coisa depende de fato de Sarney: a renúncia à presidência do Senado para atenuar as nódoas recentes de sua biografia.