sexta-feira


Corre na internet. Confiram:

"Análise Lúcida Sobre Lula"

autor : Wagner Valenti 'Professor da USP
Departamento de Biologia Aplicada


Todos conhecem o filme Forrest Gump, que narra a história de um imbecil que sobe na vida auxiliado por circunstâncias a ele absurdamente favoráveis. Pois nós brasileiros temos aqui nosso Forrest Lula, pelas razões que apresentarei abaixo.

1) Ele pensa que chegou a presidente pela competência, mas foi por uma junção entre sua persistência malufiana e o 'mudancismo' do eleitor,que só pelo desejo de mudar nem se sabe o quê vota alternadamente em candidatos como Collor e Maluf, e depois em Lula & companhia.

2) Ele pensa que é respeitado lá fora, mas não passa de uma curiosidade zoológica, como o mico-leão dourado. A esquerda romântica de lá acha lindo um operário do terceiro mundo ter virado presidente: Se ele é competente ou não, o terceiro mundo que se dane. Ele recebe essa corda toda e acredita.

3 ) Ele pensa que trouxe programas sociais, mas a única coisa que o PT fez foi proteger os terroristas sem-terra, e transformar o bolsa-escola em bolsa-esmola.

4) Ele pensa que faz sucesso com a imprensa , mas na verdade contou, pelo menos até os recentes escândalos, com uma imprensa domesticada e cordial.

5) Ele pensa que não existe ninguém que possa questioná-lo tanto em ética quanto em política, mas isso só acontece por que ele nunca se expôs a entrevistas coletivas sérias, com jornalistas especializados, onde teria de dar uma satisfação objetiva de seu desempenho.

6) Ele pensa que é imune a essa crise porque seu percentual de aprovação ainda é alto, mas as pessoas que ainda confiam nele são aquelas tão avessas à leitura quanto seu presidente, e por isso nem sabem o que acontece.

7) Ele pensa que é responsável pelo sucesso da política econômica , mas isso aconteceu porque a diretriz econômica foi a única herança do governo anterior que ele não estragou.

8) Ele pensa que causou o aumento das exportações, embora isso tenha sido conseqüência de uma série de fatores anteriores a seu governo, mais as circunstâncias favoráveis no cenário internacional.

9) Ele pensa que não sofrerá impeachment por estar acima de tudo o que acontece, embora Collor tenha sido defenestrado por muito menos. Na verdade,ele só vai ficar lá porque não interessa a ninguém transformá-lo em mártir,dando-lhe chance de retornar à cena política, ao mesmo tempo que ninguém quer ver o escroto do Alencar tomar o poder e arruinar a política macro-econômica.


Wagner Valenti Professor da USP / Departamento de Biologia Aplicada '

(*) é um bom prof. de Biologia, pois mostrou que entende bem de moluscos,vermes e parasitas... A natureza quando agredida não se defende; porém, ela se vinga.'

segunda-feira

República sindicalista



Por Roberto Almeida e Fausto Macedo, no Estadão:

O nome do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, é parte do "Organograma da Organização Criminosa - ?Esquema BNDES?", registrado na página 97 do Relatório de Inteligência Policial 11 da Operação Santa Tereza - peça que analisa os documentos recolhidos pelos federais e relacionados ao suposto desvio de verbas do BNDES. Para a PF, Paulinho teria recebido cheque de R$ 18.397,50 relativo ao primeiro desembolso do banco para a Prefeitura de Praia Grande (SP) e outra ordem de pagamento de R$ 82.162,93, referente a empréstimo às Lojas Marisa.
O organograma construído pelos federais aponta que há quatro mentores para o suposto esquema. Um deles é o lobista, assessor e amigo de Paulinho João Pedro de Moura, o que envolveria diretamente o deputado e justificaria a inclusão do nome do parlamentar no documento. Na última vez em que comentou as investigações da PF, em 9 de maio, Paulinho disse: "O que Moura fez, nós (Paulinho e seu advogado, Antonio Rosella) não discutimos."
Segundo a PF, Moura percorreu cerca de 200 prefeituras dando como referência sua amizade com Paulinho para fechar novos contratos. Os demais líderes apontados pela PF são o ex-conselheiro do BNDES Ricardo Tosto, o sócio do prostíbulo WE Original Manuel Fernandes de Bastos Filho (foragido) e o proprietário da Progus Consultoria e Assessoria, Marcos Vieira Mantovani.
Para confirmar a participação dos envolvidos no suposto esquema, a PF recorreu ao BNDES para esclarecimentos. O banco de fomento, por meio do chefe de gabinete da presidência, Paulo Todescan, amparado pelo chefe do Departamento Jurídico, Denilson Nunes, explicou que o "BNDES não possui um setor específico para detectar fraudes" e "não recomenda aos seus clientes o uso de empresas de consultoria, como a Progus" - empresa de Mantovani, apontado pela Procuradoria da República como consultor da suposta quadrilha.

A defesa
O advogado do deputado Paulo Pereira da Silva, Antonio Rosella, classifica as acusações da Polícia Federal de "absurdas" e acrescenta que as citações a Paulinho nos grampos são de terceiros e não passam de "meras interpretações". "Não é certo você responsabilizar a quem ele (terceiro) se referiu", justificou Rosella.
Os advogados da Progus e de Marcos Mantovani, Antonio Ruiz Filho e Carlos Kauffmann, declaram que o empresário fez os projetos questionados, mas garantem: "A participação da Progus é totalmente lícita. Todos os projetos são corretos."
O advogado Frederico Crissiúma, que defende João Pedro de Moura, explicou que ele "prestará todos os esclarecimentos à Justiça".
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República Sindical 2 - WE, prostíbulo e reduto do grupo, girou R$ 10 milhões

Por Roberto Almeida e Fausto Macedo, no Estadão:

O prostíbulo WE Original, localizado em São Paulo e de propriedade de Manuel Fernandes de Bastos Filho, o Maneco, teve movimentação superior a R$ 10 milhões em 2006, de acordo com planilha apreendida pela Polícia Federal. Segundo os federais, "a casa noturna era utilizada para ocultação e lavagem de dinheiro proveniente de outras atividades ilícitas" e fazia parte do "Esquema BNDES".
"Em uma de suas conversas com Celso (Celso de Jesus Murad), gerente financeiro, (Maneco) pede a este que deposite o dinheiro do ?Esquema do BNDES? nas contas da casa", reforça o relatório.
A contabilidade da WE tornou-se foco das investigações quando os federais perceberam nomes de personagens envolvidos na trama, em especial de um assessor e amigo do deputado Paulinho da Força, João Pedro de Moura. Eles encontraram pagamentos de passagens aéreas de Moura com destino a Brasília, onde circulava por gabinetes da Câmara, e até o pagamento do IPTU de seu apartamento.
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República Sindical 3 - PSOL promete recorrer ao Conselho de Ética

Por Felipe Recondo, no Estadão:

O PSOL vai pedir ao Conselho de Ética da Câmara a cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, por quebra de decoro parlamentar por suposto envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ação da organização criminosa no banco é investigada pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza.
O partido avalia que há elementos suficientes para que Paulinho seja cassado e acredita que, diante das provas que a PF colheu sobre sua participação no esquema, o deputado pode renunciar para evitar a cassação. "A situação dele é insustentável. A cada dia que adiamos a representação contra ele, nossa assessoria vai agregando informações e vendo mais enquadramentos dele no Código Penal", avaliou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que oficiará a representação amanhã ou na quarta-feira.
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terça-feira

Vitória da Oposição - Sob críticas, Lula retira MP de crédito suplementar


Bloqueio armado pela oposição no plenário do Senado, o governo acaba de anunciar a retirada da medida provisória 430.


Fora editada na semana passada, para abrir crédito extraordinário de R$ 7,56 bilhões. Embora o dinheiro se destinasse a financiar reajustes salariais de servidores públicos, PSDB e DEM ergueram barricadas no Senado. Alegaram que o STF já considerara inconstitucional o uso de MPs para abrir créditos não-previstos no Orçamento.

Em articulação iniciada na noite da véspera e concluída há pouco, Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado, logrou convencer o governo a converter a MP dos servidores em projeto de lei, como queria a oposição.

Selou-se um acordo que prevê o seguinte:

1. Diante do atendimento de sua reivindicação, tucanos e ‘demos’ levantaram a obstrução que faziam no plenário. Ainda na noite desta terça-feira (20), serão votadas duas medidas provisórias que jaziam na pauta do Senado (uma sobre o programa Pró-Jovem e outra sobre a venda de bebidas alcoólicas a motoristas que trafegam em área urbana);

2. Consultados por Jucá, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e os líderes partidários daquela Casa comprometeram-se em aprovar, já na terça-feira da semana que vem, o projeto de lei que, em substituição à MP retirada pelo Planalto, autorizará o governo a lançar mão de R$ 7,56 bilhões para fornir os contracheques de servidores civis e militares;

3. No Senado, os líderes oposicionistas –Arthur Virgílio (PSDB) e José Agripino Maia (DEM)—deram-se por satisfeitos. E assumiram o compromisso de aprovar até 29 de maio o projeto que assegura o tônico salarial dos servidores. Depois de votada pela Câmara, a proposta será submetida ao crivo dos senadores;

4. Com isso, o projeto será aprovado a toque de caixa. E Lula poderá convertê-lo em lei no mesmo dia em que os senadores o referendarem. O presidente poderá, também, manter de pé a promessa que fizera aos servidores de realizar, já em 30 de maio, o pagamento da primeira parcela dos reajustes salariais.

Prevaleceu, no dizer de Agripino Maia, "o bom senso". Para Virgílio, obteve-se "um bom acordo".

(Desculpas dos governistas)

Ao anunciar o recuo do governo, Jucá disse que, "para alguns, ficou parecendo que, ao editar a medida provisória dos créditos para os servidores, o governo estaria desafiando o Supremo ou o Congresso." "Não foi nada disso", jurou o líder. "O governo tem respeito pelo Supremo. Também entende que a medida provisória pode ser usada. Mas, para que não prevaleça nenhum tipo de embarço ao clima de votação e de entendimento, cosntruímos o entendimento".

(A posição da presidência do Senado)


Minutos antes da fala de Jucá, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, informara ao plenário que suspenderia a sessão. Estava, também ele, inconformado com o uso de MP para abrir crédito extraordinário nas pegadas da decisão do STF. Garibaldi chegou mesmo a dizer que consultara a assessoria jurídica do Senado, para saber se poderia devolver a medida provisória ao Planalto. "Infelizmente, nao tenho competência para isso." Na seqüência, antes que a sessão fosse para os ares, Jucá anunciou o acordo.


Escrito por Josias de Souza

quinta-feira

Inpe prevê desmatamento na Amazônia maior em 2008

MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Encarregado de monitorar o ritmo de desmatamento na Amazônia, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) avalia que haverá um aumento na devastação da floresta em 2008, depois de três anos consecutivos de queda na ação das motosserras.

O número oficial será conhecido no segundo semestre e deverá superar os 11.200 km2 registrados entre agosto de 2006 e julho de 2007, prevê o diretor do instituto, Gilberto Câmara, com base na tendência registrada desde agosto. Ao divulgar o alerta de aumento do desmatamento, em janeiro, a ex-ministra Marina Silva anunciou a meta de conter a área devastada entre agosto de 2007 e julho de 2008 aos mesmos 11.200 km2 de floresta, equivalentes a sete vezes e meia a área da cidade de São Paulo.

A três meses do final do prazo de coleta de dados para o novo indicador oficial do desmatamento, o Inpe avalia que a meta dificilmente será atingida. A avaliação é feita com base nas indicações do Deter, sistema de detecção do desmatamento em tempo real. Por esse sistema, os dados são apurados mais rapidamente, mas são considerados menos precisos que o Prodes. Os registros feitos por satélite em abril serão divulgados até a semana que vem. Como em março, o volume de nuvens na Amazônia prejudicou as imagens.

Pesquisa nos dados do Inpe até março já mostravam dificuldade para o cumprimento da meta desta ano antes mesmo de a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) deixar o governo. A preocupação de ambientalistas é que o afastamento de Marina represente um relaxamento no plano de combate ao desmatamento.

Entre o início de agosto de 2007 e o final de março deste ano, o Deter registrou 4.732 km2 de desmatamento, uma área equivalente a três vezes a cidade de São Paulo. Entre agosto de 2006 e julho de 2007, foram registrados 4.974 km2 menos de florestas.

Quando faltavam quatro meses para o fechamento do período de aferição, a diferença entre os dois períodos era de apenas 242 km2, segundo dados do Deter. Com a indicação de áreas menores de desmatamento, é considerado provável que o Prodes meça o dobro da área detectada pelo Deter.

Marina Silva atribuiu a queda do desmatamento entre 2004 e 2007 à ação dos fiscais do Ibama e à criação de 24 milhões de hectares de áreas de conservação federais. Para a ex-ministra, 2008 representaria o "teste de fogo" para a política de combate ao desmatamento por causa, sobretudo, do aumento do preço de commodities como carne e soja.


Elevação ao grau de investimento reflete sucesso da economia brasileira, diz Meirelles, tucano que dirige o BC

Com a Agência Brasil

Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje (30) que a elevação do Brasil ao grau de investimento, pela agência Standard & Poor's, “é mais um reconhecimento internacional do progresso e sucesso da economia brasileira.”.

Embora a classificação de risco da dívida brasileira esteja apenas na primeira faixa do “investment grade”, Meirelles ressaltou que a sinalização da agência S&P significa maior credibilidade internacional em relação ao país. A decisão da agência, segundo ele, pode ter reflexos imediatos, a começar pelo aumento do fluxo de investimentos externos para o setor produtivo.

"Isso trará conseqüências importantes para a capacidade de produção do país, que poderá crescer a taxas ainda mais elevadas”, afirmou ele. Esse movimento que ganhará mais força ainda, acrescentou o presidente do BC, quando as outras duas principais agências de classificação de risco (Fitch e Moddy's) acompanharem a decisão da S&P.

Meirelles reafirmou que o grau de investimento “é resultado da persistência na implantação de políticas econômicas consistentes”, com regime de câmbio flutuante e um volume de reservas internacionais – em torno de US$ 194 bilhões - “adequado para fazer frente a qualquer movimento mais brusco”, decorrente da instabilidade econômica internacional.

O presidente do BC destacou também os fundamentos econômicos adotados nas áreas fiscal e monetária, no combate à inflação e no fortalecimento do emprego e renda. “Temos flexibilidade para corrigir desequilíbrios, caso haja, com medidas de ajuste”, reforçou.

Alcançar o grau de investimento é mais um trunfo a ser apresentado por Meireelles na reunião bimestral que o Banco de Compensações Internacionais (BIS) realizará, nos próximos dias 4 e 5, na cidade de Basiléia, na Suíça. Ele vai enfatizar essa condição também no dia seguinte, em Zurique, durante a 1ª Conferência Anual sobre Mercados Emergentes, promovida pelo Banco HSBC.